
Decisão foi tomada após erros processuais serem identificados
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Depois de quase dois meses detido, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi libertado neste sábado (8). A Justiça determinou sua soltura ao considerar que houve falhas processuais na sua prisão, e os promotores decidiram não recorrer da decisão.
Vestindo um terno escuro sem gravata e exibindo um semblante tranquilo, Yoon saiu do centro de detenção em Seul e foi recebido por centenas de apoiadores, que agitavam bandeiras sul-coreanas e americanas. Em um gesto simbólico, desceu do carro, cumprimentou os presentes e fez uma reverência antes de deixar o local.

“Antes de tudo, gostaria de agradecer ao Tribunal Distrital Central por sua coragem e determinação em corrigir a ilegalidade”, declarou Yoon em comunicado oficial.
O tribunal justificou a revogação do mandado de prisão afirmando que o prolongamento da detenção foi irregular. Segundo a corte, a acusação usada para estender sua permanência na prisão foi apresentada após o prazo legal de dez dias, violando normas processuais.
Mesmo em liberdade, Yoon ainda enfrenta um futuro incerto. Ele permanece afastado da presidência e responde a processos devido à imposição da Lei Marcial em 3 de dezembro, quando ordenou que forças militares cercassem o Parlamento para impedir a atuação dos congressistas. A medida provocou uma grave crise política no país.
Impeachment e possíveis punições
O destino político de Yoon continua indefinido. Caso seja condenado, ele pode enfrentar penas severas, que vão desde prisão perpétua até a pena de morte. Além disso, seu impeachment, já aprovado pelo Parlamento, ainda aguarda a análise final do Tribunal Constitucional. Enquanto isso, ele mantém formalmente o título de presidente, mas o governo está sendo liderado pelo ministro das Finanças, Choi Sang-mok.
Desde dezembro, Choi assumiu a administração do país com a missão de recuperar a estabilidade econômica e restaurar a confiança dos parceiros internacionais. Ele substituiu o primeiro-ministro, que havia assumido interinamente, mas acabou afastado pouco depois.
O Partido Democrático, principal força de oposição, voltou a pressionar pela remoção definitiva de Yoon. Em nota, a legenda criticou a decisão dos promotores de não recorrer da libertação, alegando que isso estaria “lançando o país e a população em uma crise”. Por outro lado, os advogados do presidente consideram que a determinação judicial representa o “início de uma jornada para restaurar o Estado de Direito”.
A divisão política também se refletiu nas ruas. No sábado, Seul foi palco de manifestações opostas: enquanto 55 mil apoiadores de Yoon saíram às ruas para demonstrar apoio, outros 32,5 mil protestaram contra ele, segundo estimativas divulgadas pela imprensa local.
Caso o impeachment seja confirmado, a Constituição sul-coreana prevê a realização de novas eleições em até 60 dias para definir o próximo presidente do país.
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