10 verdades sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

Distúrbio hormonal atinge milhões de mulheres e pode impactar fertilidade, metabolismo e saúde emocional.

Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma condição endócrina que afeta entre 8% e 13% das mulheres em idade reprodutiva, segundo a Organização Mundial da Saúde. Apesar de comum, ainda é cercada por mitos e desinformação.

A seguir, listamos 10 verdades essenciais sobre a SOP — para que você conheça melhor o distúrbio, identifique sinais precoces e saiba quando buscar ajuda.

1. A SOP é um distúrbio hormonal, não apenas um problema ovariano

Apesar do nome, a síndrome envolve um desequilíbrio hormonal complexo que afeta a produção de andrógenos (hormônios masculinos), metabolismo da insulina e ovulação — e não apenas a presença de cistos nos ovários.

2. Nem toda mulher com SOP tem cistos nos ovários

O diagnóstico não depende exclusivamente da ultrassonografia. Muitas mulheres com SOP não apresentam cistos, mas têm sintomas característicos como irregularidade menstrual e excesso de pelos.

3. A menstruação irregular é um dos principais sinais

Ciclos menstruais longos, ausentes ou irregulares são comuns. Isso ocorre porque a ovulação pode ser esporádica ou ausente, dificultando a concepção.

4. A SOP pode afetar a fertilidade — mas não impede engravidar

A dificuldade para engravidar é frequente, mas com tratamento adequado e acompanhamento médico, muitas mulheres com SOP conseguem gestar de forma natural ou com apoio da medicina reprodutiva.

5. Excesso de pelos e acne podem ser sintomas

A produção elevada de andrógenos pode causar hirsutismo (crescimento de pelos em áreas como rosto, tórax e abdômen), acne e oleosidade da pele.

6. A resistência à insulina está frequentemente associada

A maioria das mulheres com SOP apresenta resistência à insulina, o que aumenta o risco de diabetes tipo 2 e ganho de peso, especialmente na região abdominal.

7. O tratamento é individualizado

Não há cura, mas os sintomas podem ser controlados com mudanças no estilo de vida, uso de anticoncepcionais, medicamentos para resistência à insulina e outras abordagens específicas conforme o caso.

8. O diagnóstico é clínico e deve seguir critérios internacionais

A SBEM recomenda os critérios de Rotterdam, que exigem pelo menos dois dos três sinais: ciclos menstruais irregulares, sinais clínicos ou laboratoriais de excesso de androgênios e ovários policísticos ao ultrassom.

9. A SOP pode impactar a saúde mental

Estudos mostram maior incidência de ansiedade, depressão e baixa autoestima entre mulheres com SOP, devido às alterações hormonais e aos efeitos físicos e sociais da síndrome.

10. A alimentação e o exercício físico são aliados poderosos

Mudanças no estilo de vida são fundamentais no controle da SOP. Redução do peso (quando necessário), alimentação com baixo índice glicêmico e prática regular de atividade física ajudam a equilibrar hormônios e melhoram os sintomas.

A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma condição tratável, mas requer atenção médica e informação de qualidade. Conhecer os sintomas, buscar diagnóstico precoce e adotar hábitos saudáveis são passos essenciais para viver bem com a SOP.