Apagão histórico paralisa Europa, causa caos e levanta suspeitas de ciberataque

Autoridades investigam possíveis causas, incluindo um ciberataque, enquanto o caos se espalha pela Europa.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Na tarde da última segunda-feira (28), um apagão em larga escala deixou Portugal, Espanha e partes da França no escuro, paralisando cidades inteiras, causando interrupções no transporte público, aeroportos e serviços essenciais, além de provocar um verdadeiro estado de alerta nos governos da Península Ibérica.

Caos nas ruas e nos aeroportos

A interrupção teve início por volta das 12h30 no horário local (7h30 de Brasília), e rapidamente se espalhou por diversas localidades dos dois países. Na Espanha, cidades como Madri, Barcelona, Sevilha e Pamplona enfrentaram blecautes abruptos, afetando sistemas inteiros de metrô, aeroportos — incluindo o movimentado Aeroporto de Barajas, em Madri — e outras infraestruturas críticas.

Em Portugal, moradores de Lisboa, Braga e outras cidades relataram falta total de eletricidade e sinal de celular. O impacto foi tão severo que até mesmo o envio de SMS emergenciais foi necessário, com a Proteção Civil pedindo serenidade à população e informando que a energia seria restabelecida gradualmente.

Possível ciberataque? Governo cria força-tarefa

A gravidade da situação levou o governo português a criar um grupo de trabalho para acompanhar o caso. Inicialmente, autoridades chegaram a considerar a hipótese de um ciberataque como causa do blecaute — suspeita que rapidamente ganhou repercussão nas redes e na imprensa. No entanto, essa versão foi posteriormente descartada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa.

Ainda assim, o cenário é alarmante. Um jornal espanhol chegou a descrever o incidente como “o pior apagão da história recente” do país, levando o governo a convocar uma reunião de emergência com a presença do primeiro-ministro Pedro Sánchez e ministros das principais pastas. Em Portugal, uma reunião extraordinária também foi convocada para discutir os impactos e possíveis respostas à crise energética.

Restauração gradual e investigação em andamento

No final do dia, as operadoras de energia começaram a restabelecer o fornecimento. A Red Eléctrica espanhola informou que, até o início da noite, 48% da demanda de energia havia sido recuperada, e cidades como Barcelona já contavam com energia. Em Portugal, Lisboa e Braga tiveram a eletricidade restabelecida por volta das 21h.

Apesar da melhora, autoridades alertam que a normalização total pode levar entre 6 e 10 horas. A origem exata da falha ainda é desconhecida. A REN, operadora da rede energética de Portugal, confirmou o corte generalizado, mas ainda não divulgou os motivos técnicos.

União Europeia entra em ação

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entrou em contato com o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e garantiu apoio da União Europeia para ajudar no restabelecimento completo da rede elétrica e na investigação das causas do incidente.

Um alerta para a Europa

O episódio acende um sinal de alerta para a segurança energética do continente. Seja por falha técnica ou possível vulnerabilidade cibernética, o apagão expôs fragilidades em sistemas que sustentam a vida moderna — e reacende o debate sobre a resiliência das infraestruturas críticas da União Europeia diante de ameaças cada vez mais sofisticadas.

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