
Diferenças na manifestação dos sintomas dificultam a identificação precoce.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Embora o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) sejam amplamente reconhecidos, muitas mulheres enfrentam dificuldades para obter um diagnóstico correto. Estudos indicam que, por características sociais e diferenças na manifestação dos sintomas, essas condições frequentemente passam despercebidas em meninas e mulheres adultas.
Por que o diagnóstico é mais difícil em mulheres?
Segundo pesquisas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os sintomas do TDAH e do autismo podem se manifestar de maneira mais sutil no público feminino. Em vez da hiperatividade evidente, comum nos meninos, muitas meninas com TDAH demonstram desatenção silenciosa e comportamentos internalizados, como ansiedade e baixa autoestima. No caso do autismo, as mulheres tendem a desenvolver estratégias de camuflagem social, imitando comportamentos neurotípicos, o que dificulta a detecção do transtorno.
Impactos do diagnóstico tardio
A ausência de um diagnóstico precoce pode levar a problemas como isolamento social, dificuldades acadêmicas e profissionais, além de quadros de depressão e ansiedade. Muitas mulheres relatam que só receberam diagnóstico na idade adulta, após anos enfrentando desafios sem explicação.
Especialistas defendem maior capacitação dos profissionais de saúde para identificar esses transtornos em mulheres e maior divulgação das diferentes formas de manifestação do TEA e do TDAH. Além disso, políticas de inclusão e suporte psicológico podem ser essenciais para garantir melhor qualidade de vida para essas pacientes.
- Leia mais:
https://gnewsusa.com/2025/03/jakub-mensik-surpreende-djokovic-e-conquista-seu-primeiro-titulo-atp/
Faça um comentário