Autoridades dos EUA capturam na Virgínia mulher ligada à gangue MS-13 procurada por crimes graves em El Salvador

Foto: reprodução
Silvia Bonilla tentou fazer da Virgínia seu refúgio, mas a justiça cruzou fronteiras para impedir que criminosos usem o solo americano como abrigo.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

Em um mundo onde o crime organizado insiste em atravessar fronteiras, a resposta precisa ser à altura. E foi. Silvia Lorena Bonilla-De Jandres, 40 anos, pensou que conseguiria fugir do alcance da lei ao se esconder nos Estados Unidos. Membro declarado da violenta gangue MS-13 e procurada em El Salvador por crimes graves, ela foi localizada e presa em Alexandria, no estado da Virgínia, em uma operação coordenada por diversas agências de segurança americanas.

As acusações contra Bonilla não são leves: extorsão, chantagem e afiliação a um grupo com histórico de terrorismo.

Ela é considerada uma peça ativa da MS-13, organização criminosa transnacional conhecida por promover medo, assassinatos e desordem por onde passa.

A prisão foi possível graças ao trabalho conjunto de agentes da Imigração e Alfândega (ICE), do FBI, da DEA e da Polícia Estadual da Virgínia. A ação foi conduzida por profissionais da capital Washington, D.C., que não deram espaço para que Bonilla continuasse solta em território americano.

“Silvia Lorena Bonilla-De Jandres não é apenas membro de uma gangue criminosa transnacional conhecida pela violência, ela também aparentemente tentou fugir da justiça em seu país de origem e se esconder no norte da Virgínia”, declarou Russ Hott, diretor do escritório de campo da ICE em Washington.

“Não permitiremos que nossas comunidades de Washington, D.C. e Virgínia se tornem refúgios seguros para os maus atores do mundo. A ICE Washington, D.C. continua dedicada à nossa missão de priorizar a segurança pública e proteger nossos residentes prendendo e removendo infratores estrangeiros ilegais.”

A tentativa de desaparecer começou em 2016, quando ela cruzou ilegalmente a fronteira sul dos Estados Unidos, na região do Vale do Rio Grande, no Texas.

Foi detida pela Patrulha de Fronteira e entrou imediatamente em processo de deportação.

O que poderia ter sido uma rápida devolução ao seu país, acabou se estendendo até que, em 2017, as autoridades salvadorenhas oficializaram o mandado de prisão, e a Interpol emitiu um alerta vermelho — um sinal claro de que o mundo estava de olho em Bonilla.

Após anos no radar, a justiça finalmente alcançou a fugitiva. Em 11 de julho de 2024, um juiz de imigração americano decretou sua remoção definitiva dos EUA, ordenando que ela fosse enviada de volta a El Salvador para enfrentar as acusações.

O caso de Silvia Bonilla é mais um exemplo do quanto o crime organizado tenta se enraizar em diferentes países, aproveitando brechas e lentidão burocrática para escapar de punições.

Mas também evidencia que, quando há integração entre agências e determinação para proteger a população, não há fronteiras que possam esconder criminosos por muito tempo.

Os Estados Unidos reafirmam, com essa ação, que não são território neutro para aqueles que vivem à margem da lei. E que nenhuma identidade criminosa será apagada pelo tempo ou pela distância.

Leia mais

Placa tectônica submersa afina crosta dos EUA, revela estudo

NASA revela Nighthawk: helicóptero que vai revolucionar a exploração de Marte

Homem é preso em Goiás após ameaças de morte a juiz e servidores da Justiça durante disputa por fazenda

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*