
Encontro entre ministro da Saúde e embaixador chinês destaca avanços na construção de hospital com tecnologia de ponta, produção de insulina e desenvolvimento conjunto de vacinas.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Em encontro com o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reafirmou o compromisso de cooperação entre os dois países nas áreas da saúde e tecnologia. A reunião reforçou os acordos já existentes e ampliou as perspectivas de colaboração em iniciativas estratégicas, como a construção de um hospital digital de ponta e o desenvolvimento de vacinas, medicamentos e equipamentos médico-hospitalares.
O hospital digital, que será referência nacional, está previsto para ser construído em São Paulo, com mais de 800 leitos. A unidade vai incorporar tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, com o objetivo de melhorar a gestão hospitalar e a qualidade do atendimento oferecido à população. O financiamento da obra está sendo negociado com o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), entidade financeira dos países que compõem o BRICS.
“A ampliação dessa parceria é essencial para o fortalecimento do SUS e para garantir um futuro mais equitativo e sustentável para o nosso país”, declarou Padilha.
Durante o encontro, o ministro destacou também a importância da Declaração Conjunta assinada por Brasil e China, que expressa o compromisso mútuo com o desenvolvimento sustentável, a inclusão social e o avanço tecnológico por meio de parcerias estratégicas.
A colaboração entre os dois países abrange ainda a indústria biomédica, a produção de insumos de saúde e a fabricação conjunta de vacinas. Padilha ressaltou que a digitalização da saúde brasileira é uma prioridade e que os impactos positivos vão além da modernização dos serviços médicos, atingindo áreas fundamentais como a redução da pobreza e da fome.
Desde a visita do presidente Lula à China, em 2023, a aliança entre os dois países tem se intensificado. No ano seguinte, a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil consolidou novos acordos, especialmente na área da saúde.
Segundo Zhu Qingqiao, as relações bilaterais estão se fortalecendo com base em metas de longo prazo. “Os dois países estão em sintonia em estratégias que promovem o desenvolvimento sustentável e financeiro. As iniciativas conjuntas criam um caminho mais justo e equilibrado para as próximas décadas”, afirmou o embaixador.
Entre os destaques da cooperação está a produção nacional de insulina. A partir de 2025, cerca de 20 milhões de frascos de insulina Glargina serão fabricados por meio de uma parceria entre empresas chinesas e brasileiras, como Biomanguinhos (Fiocruz), Biomm e Gan&Lee. Essa produção vai beneficiar principalmente pacientes com diabetes tipo 2, o tipo mais prevalente no Brasil, trazendo avanços importantes para o Sistema Único de Saúde.
Outro projeto em destaque é o desenvolvimento da vacina contra a dengue pelo Instituto Butantan, que contará com o apoio da empresa chinesa Uchi Biologics para expandir sua produção em larga escala.
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