
Com aval do MEC, funcionários públicos são enviados repetidamente a Cuba, em meio a crises no Brasil; despesas com passagens e diárias já superam r$ 4,58 bilhões.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
Nos dois primeiros anos de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já superou, em gastos com viagens oficiais, toda a gestão de Jair Bolsonaro. De acordo com dados da Controladoria-Geral da União (CGU), o governo atual já ultrapassou mais de R$ 4,58 bilhões em passagens, hospedagens e diárias — montante que excede os R$ 4,15 bilhões gastos em quatro anos pela administração anterior.
Grande parte desses recursos está sendo usada para custear a ida de servidores públicos a Cuba, país governado por um regime ditatorial e historicamente alinhado ao Partido dos Trabalhadores.
O Ministério da Educação (MEC) tem liderado esse movimento, financiando viagens para fóruns e congressos organizados em Havana, com todas as despesas pagas pelo dinheiro público.
Um dos exemplos mais recentes é o de um servidor da Capes (Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que participará de um evento internacional entre os dias 26 e 30 de maio, focado em “sustentabilidade no ensino superior”. A Capes, vinculada ao MEC, justificou a ida afirmando se tratar de parte de uma “cooperação internacional”.
Esse mesmo argumento tem sido usado para sustentar a frequência dos deslocamentos à ilha, ignorando a natureza autoritária do regime local.
Desde o início do novo governo, centenas de viagens a Cuba já foram autorizadas por universidades federais e instituições subordinadas ao MEC. O número excessivo de deslocamentos para um único destino ideologicamente alinhado gera suspeitas sobre os reais objetivos por trás dessas missões.
Enquanto isso, Lula cogita incluir até mesmo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, em futuras viagens internacionais. Segundo o Planalto, a intenção seria “fortalecer a cooperação entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”. Contudo, Barroso ainda não confirmou sua participação.
Os gastos são especialmente chocantes diante das crises enfrentadas por setores essenciais como a saúde e a segurança pública.
Do total já gasto, quase R$ 3 bilhõesforam destinados exclusivamente ao pagamento de diárias de servidores em viagens — boa parte delas para locais controversos como Havana, que continua a receber apoio incondicional do atual governo.
Enquanto milhões de brasileiros convivem com a precariedade nos serviços públicos e a crescente sensação de insegurança nas ruas, o governo petista prioriza o fortalecimento de laços com regimes autoritários, financiando viagens que não demonstram retorno para a vida do cidadão comum.
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