Confronto ocorreu durante operação contra comércio irregular no bairro do Brás; segundo a PM, homem agrediu policial com barra de ferro antes de ser atingido por disparo.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
São Paulo (Brasil) – Um homem de origem haitiana morreu na tarde desta sexta-feira (11) após ser atingido por um disparo de arma de fogo efetuado por um policial militar durante uma operação no bairro do Brás, tradicional ponto de comércio popular na região central da capital paulista. O caso aconteceu por volta das 14h, na rua Joaquim Nabuco, e gerou grande movimentação entre comerciantes e pedestres.
Segundo informações da Polícia Militar, equipes estavam no local para realizar uma fiscalização contra a venda de produtos irregulares, prática comum na região, quando a situação saiu do controle. Durante a abordagem, o haitiano teria reagido com violência após a tentativa de apreensão de sua mercadoria. De acordo com os relatos dos agentes, ele teria se exaltado e, em seguida, pegado uma barra de ferro para agredir um dos policiais que participavam da ação.
O agente agredido foi atingido com força, o que motivou seu colega a disparar contra o agressor. O haitiano foi socorrido por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), chegou a ser estabilizado no local, mas, mesmo com os esforços médicos, não resistiu aos ferimentos e morreu ainda na cena do ocorrido.
Já o policial militar ferido foi levado para um hospital da região e, segundo nota da corporação, não corre risco de vida. A identidade do haitiano ainda não havia sido oficialmente divulgada até o momento.
A área foi isolada para perícia, e o caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da Corregedoria da Polícia Militar, que também acompanhará o andamento das apurações para verificar a conduta dos envolvidos.
Organizações ligadas à defesa dos direitos humanos e à comunidade imigrante já começaram a se mobilizar para acompanhar o caso. Representantes de coletivos de apoio a imigrantes cobraram transparência na investigação e a preservação dos direitos dos trabalhadores estrangeiros, muitos deles atuando de maneira informal por falta de oportunidades no mercado regular.
O episódio levanta novamente o debate sobre a atuação das forças de segurança em áreas comerciais populares e a maneira como se dão os confrontos entre agentes públicos e trabalhadores informais, muitos em situação de vulnerabilidade social.
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