
Operação conjunta entre o DF e São Paulo revelou rede criminosa que usava falsas centrais de atendimento para enganar vítimas e roubar mais de R$ 1 milhão.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Uma força-tarefa entre unidades da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e da Polícia Civil de São Paulo resultou na desarticulação de um sofisticado esquema de fraudes eletrônicas voltadas especialmente contra idosos. A quadrilha, segundo as autoridades, atuava de forma estruturada e com divisões bem definidas de tarefas, especializando-se em crimes conhecidos como “golpe da falsa central de atendimento”.
Durante a operação, foram presos cinco integrantes da organização criminosa em diferentes cidades: Planaltina (DF), Mairiporã, São Paulo e São Vicente (SP). Os agentes apreenderam dispositivos eletrônicos, documentos falsificados e mídias digitais que sustentavam o funcionamento do esquema.
Manipulação psicológica e engenharia social
As investigações apontam que os criminosos abordavam suas vítimas – a maioria pessoas idosas e com pouca familiaridade com tecnologia – por meio de aplicativos de mensagens, simulando contatos com bancos ou autoridades policiais. Para dar veracidade às interações, utilizavam linhas telefônicas registradas em nomes de terceiros, imagens adulteradas de servidores públicos e aplicavam técnicas de coação emocional e isolamento psicológico.
Ao ganhar a confiança das vítimas, o grupo convencia os idosos a entregar cartões bancários, senhas, aparelhos celulares e outros dados sensíveis, o que permitia acesso direto a contas e operações financeiras. Estima-se que o grupo tenha movimentado mais de R$ 1 milhão com as fraudes.
Repressão e continuidade das investigações
Com base nos elementos apurados, a PCDF solicitou mandados de prisão preventiva e temporária, além de ordens judiciais de busca e apreensão, bloqueio de ativos financeiros e sequestro de veículos usados no esquema. As ordens foram cumpridas com apoio do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) de São Paulo.
Os investigados já foram indiciados por estelionato eletrônico qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro, crimes cujas penas podem somar até 32 anos de reclusão.
As autoridades continuam as diligências para identificar outros envolvidos, rastrear o caminho do dinheiro e recuperar os valores desviados. Também estão sendo analisados dados telemáticos, movimentações bancárias e comunicações eletrônicas armazenadas nos materiais apreendidos.
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