Carla Zambelli pede investigação sobre contrato milionário da Saúde com empresa ligada a deputada aliada do governo

Parlamentar aciona PGR após contrato de R$ 211,5 milhões com empresa do marido de deputada do MDB; acusa favorecimento político e conflito de interesses.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando que seja investigado um contrato de R$ 211,5 milhões firmado entre o Ministério da Saúde e a empresa Voare Táxi Aéreo, de propriedade de Renildo Lima, marido da deputada Helena da Asatur (MDB-RR), integrante da base governista.

O contrato em questão tem como objetivo o transporte de indígenas e profissionais de saúde na Terra Yanomami, mas, segundo Zambelli, há indícios de favorecimento político e conflito de interesses. Isso porque Helena, além de parlamentar aliada do governo Lula, figura como sócia da Voare e atuou como administradora da empresa até assumir o mandato na Câmara dos Deputados.

Zambelli relembrou ainda que Renildo Lima foi preso anteriormente, durante as eleições, com R$ 505 mil escondidos na cueca, em uma operação que apurava compra de votos. Desde que Helena assumiu o cargo de deputada, a Voare teria expandido significativamente seus contratos com o governo federal, somando R$ 75 milhões apenas em 2024.

“Este saco de grana oficial do governo Lula parece inesgotável e sustenta uma trama infinita de privilégios e favorecimentos. De um lado, milhões de pobres, presos à caridade que alimenta a indústria da miséria. Do outro, personagens já conhecidos por escândalos passados, que orbitam contratos e acordos com o governo, muitas vezes sob questionamentos e investigações”, declarou Zambelli.

Na representação, a deputada também aponta omissão por parte do Ministério da Saúde ao ignorar os antecedentes de Renildo Lima e a ligação política direta entre ele e Helena. Para Zambelli, há indícios de que o contrato pode ter sido firmado como moeda de troca por apoio no Congresso, o que configuraria desvio de finalidade e improbidade administrativa.

O caso agora está sob análise da PGR, que poderá abrir investigação para apurar possíveis irregularidades no processo de contratação.

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