Conselho Federal de Medicina diz que entrada na UTI é restrita e critica intimação a Bolsonaro

Nota do Conselho Federal de Medicina confirma que normas visam proteger pacientes, mas situação de Bolsonaro expõe uso político até de visitas hospitalares.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

A permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma Unidade de Terapia Intensiva tem reacendido o debate sobre o respeito às normas hospitalares — e, ao mesmo tempo, revelado mais uma tentativa de constrangê-lo publicamente. Mesmo sob recuperação delicada após cirurgia, Bolsonaro foi alvo de uma intimação judicial dentro do hospital, o que gerou reações contundentes e um alerta por parte do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Diante do episódio, o CFM se manifestou com clareza: o acesso à UTI é rigidamente controlado por protocolos da Anvisa, elaborados justamente para garantir a segurança dos pacientes em estado crítico. “O acesso às UTIs é restrito por normas técnicas e assistenciais estabelecidas pela Anvisa”, explicou o órgão em nota, reforçando que tais normas devem ser respeitadas inclusive por agentes públicos que atuam sob ordens judiciais.

Longe de ser um privilégio ou uma manobra, a permanência de Bolsonaro na UTI segue o que é determinado a qualquer cidadão brasileiro em condição semelhante. Os critérios são objetivos e supervisionados por comissões hospitalares especializadas, como a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Entre eles estão a autorização prévia da equipe médica, horário agendado para visitas e número limitado de pessoas por leito.

“Essas regras garantem a estabilidade clínica e a segurança física e emocional dos pacientes em condição crítica”, reiterou o Conselho, evidenciando o cuidado necessário com quem está internado em um momento tão vulnerável. É justamente esse o ponto: em vez de empatia com quem se recupera, o que se viu foi mais um capítulo de desrespeito e politização.

Em um momento em que Bolsonaro enfrenta um processo de recuperação delicado, qualquer atitude que desrespeite o ambiente hospitalar se torna, no mínimo, desumana. O próprio CFM fez questão de ressaltar que as normas devem ser seguidas sem distinção, independentemente de quem seja o paciente ou da função de quem pretende acessar o ambiente hospitalar.

Fica claro que a tentativa de transformar um ambiente de saúde em palco político encontra na resistência técnica do CFM um freio necessário. Bolsonaro, mesmo enfrentando adversidades físicas, continua sendo alvo de ataques que extrapolam os limites do razoável.

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