
Um ex-analista de inteligência do Exército dos EUA teria ‘vendido’ informações sigilosas.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Korbein Schultz, ex-analista de inteligência do Exército dos Estados Unidos, foi sentenciado a sete anos de prisão na última quarta-feira (23) por fornecer informações militares sigilosas a um indivíduo que ele acreditava estar ligado ao governo chinês.
Schultz, que se declarou culpado em agosto de 2024, admitiu ter conspirado para transmitir dados sensíveis sobre a defesa norte-americana, além de aceitar subornos e exportar ilegalmente material controlado. Segundo documentos judiciais, entre maio de 2022 e março de 2024, ele compartilhou dezenas de arquivos classificados com um cidadão da China em troca de aproximadamente 42 mil dólares.
Entre os documentos vazados estavam informações sobre satélites militares, sistemas antimísseis e estratégias contra drones em combates de larga escala. Parte do material também incluía detalhes de operações e missões confidenciais dos EUA.
A investigação apontou que o contato foi iniciado por meio de uma plataforma de trabalho freelance, logo após Schultz obter autorização para acessar informações ultrassecretas. O suposto cliente, apresentado como representante de uma consultoria geopolítica, solicitava análises militares detalhadas — com ênfase em Taiwan e no conflito entre Rússia e Ucrânia — e pedia materiais que fossem “exclusivos” e “altamente secretos”.
A procuradora-geral Pamela Bondi classificou o ato como uma “traição ao juramento de defender o país”, destacando que Schultz comprometeu a segurança das forças armadas americanas. “O Departamento de Justiça continuará vigilante diante das tentativas da China de atingir nossos militares e garantirá punições severas para quem vazar segredos nacionais”, afirmou.
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