EUA: dezoito estrangeiros são acusados por roubo de identidade relacionado à imigração

Após meses de investigação liderada por diversas agências federais, um grupo de imigrantes ilegais enfrenta sérias acusações envolvendo documentos falsos e trabalho ilegal no país.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

Tampa, Flórida (EUA) – Um esforço coordenado entre várias agências de segurança pública e fiscalização resultou em acusações criminais contra 18 estrangeiros em situação irregular nos Estados Unidos, suspeitos de envolvimento em um esquema de roubo de identidade com foco na obtenção de emprego ilegal no país. A operação contou com a participação de órgãos como a Imigração e Alfândega (ICE), o Departamento de Trabalho, a Patrulha de Fronteira, além de autoridades estaduais e locais da Flórida.

De acordo com as autoridades americanas, os acusados utilizaram números de Previdência Social pertencentes a cidadãos legítimos, além de fornecer declarações falsas sobre sua cidadania para garantir postos de trabalho em território norte-americano. Os crimes investigados incluem uso indevido de documentos federais e identidade agravada, uma violação considerada especialmente grave quando envolve tentativa de mascarar o status imigratório.

As penas previstas variam conforme o grau de envolvimento e as acusações específicas, podendo chegar a 12 anos de prisão federal para cada acusado. Em alguns casos, os indivíduos já se declararam culpados e aguardam sentença.

Entre os réus estão imigrantes oriundos principalmente de Honduras, além de cidadãos da Guatemala e do México. Os nomes incluem Luvin Daniel Hernandez Amador, indiciado no final de fevereiro de 2025, e Erlin Maradiaga-Flores, que já recebeu condenação e cumprirá dois anos em regime federal. Outros seguem aguardando julgamento, com audiências previstas ainda para o primeiro semestre deste ano.

A promotoria, representada por advogados federais e assistentes especiais dos Estados Unidos, enfatizou que o caso não apenas visa reforçar o cumprimento das leis imigratórias, como também proteger a integridade dos sistemas de identificação e benefícios sociais do país.

Os promotores destacaram que a investigação teve início após inconsistências em registros trabalhistas e previdenciários, o que levou ao cruzamento de dados entre diversas agências. Segundo autoridades, as fraudes impactam diretamente cidadãos norte-americanos, especialmente quando se trata do uso indevido de dados sensíveis como números da Previdência Social.

A operação serve como um alerta para empresas e contratantes nos EUA, que também podem ser responsabilizados se não verificarem devidamente a autenticidade dos documentos apresentados por seus empregados.

As autoridades reforçam que novas ações semelhantes poderão ocorrer em outros estados, especialmente nas regiões com grande fluxo de imigração irregular. A mensagem, segundo os responsáveis, é clara: as leis federais serão aplicadas de forma rigorosa para proteger a segurança nacional e os direitos dos cidadãos.

Leia mais

Brasil: ex-presidente Bolsonaro passa mal durante caravana no Nordeste e é levado ao hospital com fortes dores ligadas à facada de 2018

Di María é investigado por envolvimento em apostas ilegais na Itália

China se prepara para inaugurar a ponte mais alta do mundo

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*