Esquema de imigração ilegal envolvia agência de viagens na Colômbia e subornos em aeroportos mexicanos.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Uma mulher colombiana foi condenada nos Estados Unidos por seu envolvimento em uma rede criminosa de contrabando humano. Greiby Melissa Barcelo-Velasquez, de 39 anos, recebeu uma sentença de 30 meses de prisão em 25 de março, após ser considerada culpada por facilitar a entrada ilegal de mais de 100 cidadãos colombianos nos EUA. O esquema operava por meio de uma agência de viagens de fachada e envolvia subornos e atravessadores armados.
A investigação foi conduzida pelo Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE), pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) e pela Unidade de Inteligência da Patrulha de Fronteira. As autoridades iniciaram as apurações no final de 2023, quando diversos imigrantes colombianos identificaram Barcelo-Velasquez como a coordenadora do esquema de contrabando.
Agência de viagens usada como fachada para imigração ilegal
Barcelo-Velasquez era proprietária da Baul Travel SAS, uma agência de viagens localizada na Colômbia, que ela usava para atrair cidadãos que desejavam entrar ilegalmente nos EUA. A empresa vendia pacotes de viagem para o México sob o pretexto de turismo, cobrando taxas iniciais das vítimas. No entanto, ao chegarem ao país, os imigrantes eram forçados a pagar subornos em dólares americanos nos aeroportos mexicanos.
Após a entrada no México, os viajantes eram levados para esconderijos próximos à fronteira dos Estados Unidos. De lá, traficantes armados os transportavam para atravessar ilegalmente o território norte-americano, expondo-os a riscos extremos durante o trajeto.
Esforços internacionais contra o tráfico humano
O caso foi coordenado pela Força-Tarefa Conjunta Alpha (JTFA), uma iniciativa do Departamento de Justiça dos EUA criada para desmantelar organizações criminosas envolvidas no tráfico de pessoas. A operação tem como foco cartéis e redes de contrabando atuantes no México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá e Colômbia.
Desde sua criação, a JTFA já prendeu mais de 355 indivíduos envolvidos no tráfico humano, resultando em mais de 320 condenações e 265 penas de prisão severas. Além disso, milhões de dólares em ativos ilegais foram apreendidos pelas autoridades.
De acordo com Francisco B. Burrola, representante do ICE, “A ré e seus cúmplices demonstraram total desrespeito pela segurança humana, colocando o lucro acima da vida das vítimas. Continuaremos trabalhando para desmantelar essas organizações criminosas e responsabilizar aqueles que exploram pessoas vulneráveis.”
Com a condenação de Barcelo-Velasquez, as autoridades americanas esperam identificar outros envolvidos no esquema de contrabando e combater operações similares que colocam em risco a vida de imigrantes vulneráveis.
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