EUA prendem ex-membro do regime cubano por fraude imigratória e participação em repressão a manifestantes

Foto: reprodução
Daniel Morejon Garcia, de 57 anos, omitiu vínculos com o Ministério do Interior e o Partido Comunista ao tentar viver nos Estados Unidos; ele é acusado de reprimir civis durante manifestações em Cuba.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

Um dos rostos por trás da máquina repressiva do governo cubano agora está sob custódia nos Estados Unidos. Daniel Morejon Garcia, de 57 anos, foi preso pelas autoridades americanas após uma investigação revelar que ele entrou ilegalmente no país e escondeu seu passado como agente do Ministério do Interior de Cuba — um órgão central no controle e perseguição de opositores ao regime comunista da ilha.

A prisão foi feita por agentes da Imigração e Alfândega dos EUA (ICE), com apoio do FBI e da Alfândega e Proteção de Fronteiras.

Segundo a divisão de Investigações de Segurança Interna do ICE, Morejon Garcia forneceu informações falsas ao solicitar entrada nos EUA, omitindo intencionalmente suas ligações políticas e seu histórico como peça ativa da repressão estatal cubana.

O episódio mais grave atribuído a ele ocorreu durante os protestos em massa do dia 11 de julho de 2021, quando milhares de cubanos saíram às ruas pedindo liberdade e o fim da ditadura. Na ocasião, Garcia teria sido mobilizado pelo governo como parte das Brigadas de Resposta Rápida — grupos de civis treinados pelo regime para conter manifestações, muitas vezes de forma violenta.

Além disso, ele teria exercido o cargo de presidente do Conselho de Defesa Nacional na província de Artemisa, uma função que o colocava diretamente alinhado aos interesses do alto escalão do regime cubano.

Morejon Garcia também é acusado de ter sido membro do Partido Comunista de Cuba, uma informação que ele nunca revelou às autoridades migratórias dos EUA. Tais omissões, consideradas graves violações das normas de imigração, resultaram em sua prisão administrativa. Ele agora aguarda os procedimentos para sua remoção do país.

A presença de agentes de regimes autoritários tentando viver nos Estados Unidos, país fundado sobre princípios de liberdade e democracia, levanta preocupações profundas. O caso de Garcia evidencia como alguns indivíduos ligados a governos opressores tentam se infiltrar em solo americano, buscando os benefícios de uma nação livre enquanto esconderam seu envolvimento em atos de repressão.

A ICE reforçou o compromisso em impedir que violadores de direitos humanos encontrem refúgio em território americano: “Os membros do público que têm informações sobre suspeitos de violadores de direitos humanos viajando ou entrando nos Estados Unidos são incentivados a ligar para a ICE Tip Line”.

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