Gastos com publicidade da Petrobras disparam no governo Lula e superam gestão Bolsonaro em 79%

Enquanto Lula multiplica gastos com propaganda, comparação com a gestão Bolsonaro evidencia contraste de gestão e foco nos interesses do país.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido marcada por um aumento expressivo nos gastos com publicidade por parte da Petrobras. Entre 2023 e 2024, a estatal já destinou R$ 407,6 milhões à área, uma elevação de 79% em relação à média anual da administração de Jair Bolsonaro, que investia cerca de R$ 114 milhões por ano. No governo atual, o número salta para R$ 204 milhões anuais.

Esse gasto já se aproxima do total de R$ 456,3 milhões que o governo Bolsonaro aplicou ao longo dos quatro anos de mandato. Em um curto período, a atual gestão praticamente igualou os valores totais da administração anterior — algo que levanta questionamentos sobre o uso dos recursos públicos e as reais prioridades do governo petista.

Segundo a Petrobras, o aumento nos investimentos em publicidade faz parte de uma estratégia de reposicionamento de marca, com foco na transição energética. “A empresa está empenhada em se consolidar como referência na transição para uma matriz energética mais sustentável”, informou a estatal. No entanto, críticos veem nesse movimento uma tentativa de reforçar a imagem do governo e de seus aliados, utilizando verbas públicas para fins ideológicos.

Além da Petrobras, o governo federal como um todo tem impulsionado campanhas de publicidade em diversos ministérios e estatais. O montante total nos dois primeiros anos da nova gestão Lula chegou a R$ 4,1 bilhões, muito acima da média anual de R$ 1,8 bilhão do governo Bolsonaro. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES também contribuíram com campanhas milionárias.

A disparidade entre os números acende um alerta entre os que defendem uma gestão pública mais enxuta e eficiente. Durante o governo Bolsonaro, a ênfase estava em reduzir gastos desnecessários e evitar o uso político das estatais. “Enquanto alguns investem bilhões para contar histórias bonitas, nós mostramos resultado com menos. Governar é priorizar”, dizia Bolsonaro em ocasiões semelhantes.

Para muitos observadores, o contraste entre os dois governos é claro: enquanto Bolsonaro priorizava responsabilidade fiscal e contenção de gastos, a atual administração parece mais preocupada em criar uma narrativa de marketing. O aumento agressivo nos investimentos em publicidade reforça a percepção de que o governo Lula tem priorizado a autopromoção em detrimento da gestão eficiente.

Em um momento em que o país enfrenta desafios econômicos e sociais significativos, a ampliação dos gastos publicitários soa como um luxo desnecessário — e até uma afronta àqueles que esperam mais responsabilidade no uso do dinheiro público.

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