Carlos Ambriz, cidadão mexicano deportado duas vezes, foi encontrado vivendo livremente anos após ser condenado por um dos crimes mais chocantes já registrados em Montana, nos EUA.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
Um criminoso com um passado marcado pela tragédia familiar e pela reincidência no desrespeito à lei foi finalmente recapturado pelas autoridades federais de imigração. Carlos Ambriz, 53 anos, cidadão mexicano, foi localizado pelas equipes do ICE (Imigração e Alfândega dos EUA) no dia 25 de março, nos arredores de sua casa em Catoosa, Oklahoma. Ele vivia ilegalmente no país, mesmo após duas deportações anteriores — e uma condenação brutal: o assassinato deliberado do próprio filho.
A prisão foi conduzida por agentes das Operações de Remoção e Execução (ERO) de Dallas, com apoio tático da equipe de Resposta Especial.
A operação encerra uma longa trajetória de violações, que começou anos antes, quando Ambriz foi julgado e sentenciado em Montana a 40 anos de prisão por homicídio. O crime, cometido contra seu filho, chocou as autoridades locais pela frieza e gravidade. A justiça o considerou um risco evidente à sociedade — e ainda assim, ele voltou ao território americano.
As deportações ocorreram em 1999 e novamente em 2006. Na primeira vez, um juiz de imigração em Seattle determinou sua saída do país. A segunda remoção aconteceu no Texas, nas imediações da Ponte Paseo Del Norte. Mesmo assim, Ambriz retornou ilegalmente aos Estados Unidos, desafiando não apenas as leis de imigração.
Desafiando também os protocolos de segurança que deveriam impedir o retorno de condenados violentos.
“O registro criminal deste sujeito ressalta o perigo significativo que ele representa para nossa comunidade, particularmente com a grave acusação e condenação por matar seu próprio filho”, afirmou Josh Johnson, diretor interino do Escritório de Campo da ERO em Dallas. “Nossos oficiais continuam comprometidos em melhorar a segurança pública, apreendendo e removendo estrangeiros criminosos que violam as leis de imigração.”
O caso expõe uma falha preocupante: como alguém com esse histórico consegue voltar e permanecer livre nos Estados Unidos por tanto tempo? Para muitos defensores da segurança pública, a situação revela a necessidade de um sistema mais rigoroso e tecnológico para impedir reentradas ilegais.
Especialmente em casos de indivíduos com antecedentes graves.
A identificação recente de Ambriz aconteceu enquanto ele ainda estava na custódia do sistema penitenciário de Montana. A partir daí, foi emitido um novo aviso de comparecimento à Justiça de imigração, permitindo ao ICE agir rapidamente.
Agora, sob custódia federal, Ambriz aguarda o processo para ser novamente removido do país. A expectativa é que ele não apenas seja deportado, mas que medidas mais eficazes impeçam seu possível retorno — protegendo as comunidades americanas de riscos como este.
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