Possibilidade de revisão ganhou novo impulso no ano passado, após o caso voltar aos holofotes com uma minissérie e um documentário da Netflix.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Lyle e Erik Menéndez voltaram ao tribunal em Los Angeles nos dias 17 e 18 de abril para uma audiência que pode reavaliar suas sentenças de prisão perpétua pelo assassinato dos pais, José e Kitty Menéndez, ocorrido em 1989. A sessão, inicialmente marcada para as 9h30 no horário local (13h30 de Brasília), teve início com atraso após um pedido de adiamento feito pela promotoria.
Condenados nos anos 1990 por um crime que chocou os Estados Unidos, os irmãos sempre alegaram legítima defesa, afirmando terem sido vítimas de abusos físicos e sexuais praticados pelos próprios pais. Inicialmente, tentaram atribuir os assassinatos à máfia, mas, no segundo julgamento, foram considerados culpados e sentenciados à prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
Reviravolta possível?
O caso voltou à tona recentemente com o lançamento de uma minissérie e um documentário da Netflix, o que reacendeu o interesse público e gerou apoio à causa dos irmãos. Lyle, hoje com 57 anos, e Erik, com 54, têm mantido bom comportamento na prisão e contam com a defesa de familiares e apoiadores que acreditam na necessidade de uma nova avaliação judicial.
Essa possibilidade ganhou força quando o antigo promotor de Los Angeles se manifestou favorável à reavaliação da pena. Contudo, com a chegada do novo promotor Nathan Hochman, a postura da Promotoria mudou. Ele argumenta que os irmãos nunca reconheceram totalmente sua culpa e que não há novas evidências suficientes para justificar a reabertura do caso.
Apesar da tentativa de Hochman de suspender o processo, o juiz Michael Jesic decidiu manter a audiência. O tribunal agora avaliará se os irmãos Menéndez ainda representam risco à sociedade.
De acordo com o advogado de defesa, Mark Geragos, ainda não está certo se os irmãos comparecerão presencialmente ao tribunal. Segundo ele, essa seria “uma jogada arriscada”.
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