Juízes deixam gabinete de Moraes incluindo envolvido em vazamento de informações sigilosas

Ministro do STF enfrenta mudanças em sua equipe enquanto busca recompor gabinete

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Três juízes auxiliares que trabalhavam diretamente com Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) deixaram seus cargos nos últimos meses e retornaram ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Diante das baixas na equipe, o ministro agora busca novos nomes para compor seu gabinete.

Moraes não detalhou os motivos que levaram à saída dos magistrados, mas a movimentação chama atenção, especialmente pela importância dos juízes auxiliares no andamento dos processos sob sua relatoria. Um dos nomes que deixaram o gabinete foi Airton Vieira, que desde 2018 atuava como juiz instrutor em processos criminais.

Nome envolvido em polêmicas

Vieira esteve no centro de uma controvérsia envolvendo a tentativa de censura contra veículos de imprensa. Áudios divulgados revelaram que ele e Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), trocavam informações de maneira questionável para embasar decisões do ministro. Tagliaferro foi indiciado pela Polícia Federal por “suposta violação de sigilo funcional com prejuízo à administração pública”.

Além de Vieira, Rogério Marrone de Castro Sampaio e André Solomon Tudisco também retornaram ao TJSP. Os dois estavam cedidos ao STF e faziam parte do gabinete de Moraes desde 2018 e 2023, respectivamente.

Moraes mantém estrutura diferenciada no STF

Apesar das mudanças, Rafael Tamai Rocha segue como juiz auxiliar do ministro. As regras do STF permitem que juízes sejam designados para essas funções por até dois anos, com possibilidade de prorrogação.

Diferente dos demais ministros da Corte, Moraes tem autorização para manter quatro juízes auxiliares em seu gabinete, enquanto os demais contam com apenas três. Essa estrutura reforçada segue gerando questionamentos sobre a centralização de poder dentro do Supremo.

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