Lula não contém inflação e alimentos lideram aumento de preços

Alta nos preços evidencia falhas nas estratégias de Lula para conter o custo da alimentação.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

A pressão sobre os preços da comida continua crescendo, contrariando as expectativas dopor  Palácio do Planalto. Em março, o grupo de alimentação e bebidas teve aumento de 1,17%, segundo o IPCA, e liderou o impacto sobre o índice geral de inflação no país.

Apesar dos discursos otimistas do governo federal, os dados mostram que as ações anunciadas até agora não surtiram efeito concreto. Mesmo com tentativas para reduzir o custo dos alimentos, a realidade sentida pelos consumidores nas prateleiras é de aumento, não de alívio.

Entre as medidas adotadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está a liberação da importação de alguns produtos sem cobrança de imposto. A proposta, no entanto, tem alcance bastante restrito, já que os itens beneficiados representam apenas 1% das importações brasileiras, o que limita seu impacto no mercado interno.

Outra frente defendida por Fernando Haddad envolve mudanças no PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador). O ministro da Fazenda declarou que o governo deve apresentar novidades no prazo de um mês. Ele afirmou que, ao ajustar regras do programa, seria possível reduzir o preço da comida: “melhor a portabilidade”, haveria um “espaço para uma queda do preço da alimentação, tanto do vale-alimentação, quanto do vale-refeição”.

Ainda assim, representantes do setor de benefícios alimentares avaliam que as alterações no PAT não surtirão o efeito esperado. De acordo com eles, a lógica da portabilidade nesse caso não é comparável à do sistema bancário, onde os usuários buscam menores tarifas e taxas.

No panorama geral da inflação, o IPCA desacelerou para 0,56% em março, após ter registrado 1,31% em fevereiro. Isso não significa redução de preços, apenas que a velocidade de alta foi menor. No caso da alimentação, no entanto, a tendência foi contrária, com uma aceleração que pesou diretamente no bolso do brasileiro.

A distância entre os planos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e os resultados reais começa a incomodar setores que esperavam medidas mais eficazes. Enquanto isso, a população continua enfrentando dificuldades para manter a alimentação básica diante da disparada nos preços.

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