Assim que o caixão fechado foi colocado em frente ao altar externo da Basílica de São Pedro, o corpo de Francisco foi recebido com longos e emocionantes aplausos dos fiéis, que se aglomeravam na praça desde a madrugada.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Mais de 250 mil fiéis se reuniram neste sábado (26) para acompanhar o funeral do papa Francisco, segundo dados do Vaticano. A cerimônia começou na Praça de São Pedro com a Missa das Exéquias e terminou com o sepultamento na Basílica de Santa Maria Maggiore, em um ato reservado, após um cortejo de 5,5 km pelas ruas de Roma.
O caixão, fechado e posicionado diante do altar na Praça de São Pedro, foi recebido com aplausos emocionados da multidão que, desde a madrugada, já ocupava o local. Muitos jovens chegaram a dormir na praça para garantir um espaço privilegiado. Por volta das 5h40 (0h40 no horário de Brasília), a movimentação era intensa, e o acesso foi liberado minutos depois.
Com o amanhecer, a praça ficou completamente lotada. Barreiras de segurança foram montadas, com detectores de metais e revistas em mochilas, além da obrigatoriedade de provar a água das garrafas para reforçar o controle.
Cerca de 50 líderes mundiais participaram da cerimônia, entre eles, o norte-americano Donald Trump, o argentino Javier Milei e dez monarcas. O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, que inicialmente havia manifestado dúvida sobre sua presença, também compareceu após chegar a Roma pouco antes da celebração.
A missa foi presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais, na presença de 220 cardeais, 750 bispos e cerca de 4 mil padres. Em sua homilia, Battista Re descreveu Francisco como “um papa do povo, de coração aberto a todos”, destacando seu estilo espontâneo e acolhedor.
Ele lembrou ainda a última aparição pública do pontífice, no Domingo de Páscoa, e ressaltou o legado de Francisco ao promover uma Igreja aberta a todos, sem julgamentos. “Ele acreditava numa Igreja que acolhe, cura e estende a mão a cada pessoa, independentemente de sua fé ou condição”, afirmou o cardeal.
O discurso foi interrompido por aplausos quando Battista Re mencionou o incansável compromisso de Francisco com a paz. “Diante das guerras devastadoras dos últimos anos, ele ergueu a voz em favor da negociação, denunciando que a guerra é sempre uma derrota dolorosa para toda a humanidade”, declarou.
As orações finais da cerimônia foram feitas em diversas línguas, incluindo francês, árabe, português, polonês, alemão e mandarim, simbolizando a universalidade da mensagem de Francisco.
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