
Uma varredura digital inédita dos destroços do Titanic trouxe novas evidências sobre as horas finais do transatlântico, que afundou em abril de 1912.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Imagens obtidas por uma varredura digital inédita dos destroços do Titanic revelaram novas evidências sobre os momentos finais do transatlântico, que afundou em 14 de abril de 1912 após colidir com um iceberg no Atlântico Norte, vitimando mais de 1.500 pessoas.
A análise, divulgada nesta terça-feira (8) pela BBC, faz parte do documentário Titanic: The Digital Resurrection, produzido pela National Geographic em parceria com a Atlantic Productions. Com o auxílio de robôs subaquáticos, foram captadas mais de 700 mil imagens ao longo de dois anos, permitindo a reconstrução em 3D da embarcação em escala real.
Bravura e sacrifício
As imagens trazem uma nova visão sobre a sala de caldeiras, confirmando relatos de que engenheiros permaneceram a bordo até o fim para manter as luzes do navio acesas. Algumas caldeiras aparecem deformadas, indicando que ainda funcionavam no momento do naufrágio. No convés da popa, uma válvula de vapor aberta sugere que o sistema elétrico estava ativo durante a evacuação.
O especialista Parks Stephenson destacou à BBC a atuação heroica da equipe liderada por Joseph Bell. Segundo ele, os engenheiros se mantiveram nas fornalhas até o último instante, fornecendo energia para que os passageiros pudessem ser evacuados com mais segurança e visibilidade.
Novas descobertas estruturais
A reconstrução também revelou a destruição de uma escotilha possivelmente atingida diretamente pelo iceberg, reforçando relatos de sobreviventes sobre a entrada de gelo nas cabines no momento da colisão.
Simulações apontam que o Titanic colidiu apenas uma vez com o iceberg, o que causou múltiplas perfurações em uma faixa estreita do casco. No entanto, essa área permanece soterrada no fundo do oceano e não pôde ser capturada pela varredura digital.
A proa do navio afundou quase verticalmente, enquanto a popa se despedaçou ao atingir o leito marinho — danos atribuídos ao forte impacto contra o solo oceânico. As novas imagens, agora reveladas ao público, oferecem um olhar mais profundo sobre a magnitude da tragédia e a coragem daqueles que lutaram para salvar vidas naquela noite histórica.
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