OMS lança campanha global para reduzir mortes maternas e neonatais evitáveis

UcrâniaUnfpa Ucrânia/Revutsky Oleksiy
Iniciativa “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos” busca promover cuidados de qualidade antes, durante e após o parto, diante de números alarmantes de óbitos de mães e bebês em todo o mundo.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

Por ocasião do Dia Mundial da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou nesta segunda-feira, 7 de abril, uma nova campanha global com foco na saúde materna e neonatal. Intitulada “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos”, a iniciativa tem duração prevista de um ano e busca combater as mortes evitáveis de mães e bebês em todo o mundo.

Segundo dados recentes da OMS, cerca de 300 mil mulheres morrem anualmente por complicações relacionadas à gravidez e ao parto. Paralelamente, mais de 2 milhões de recém-nascidos não sobrevivem ao primeiro mês de vida, e outros 2 milhões nascem sem vida — o que representa, em média, uma morte evitável a cada sete segundos.

A maioria desses óbitos ocorre durante o trabalho de parto ou nas primeiras horas após o nascimento. Entre as principais causas maternas estão hemorragias graves, pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Já em relação aos bebês, complicações devido à prematuridade e ao baixo peso ao nascer lideram as estatísticas.

Fatores que agravam os riscos

Além das emergências obstétricas, doenças infecciosas e condições crônicas de saúde, como anemia, HIV/AIDS, malária e diabetes, contribuem significativamente para a mortalidade materna. Essas doenças respondem por cerca de um quarto dos óbitos registrados entre gestantes.

A OMS defende a ampliação do acesso a cuidados pré-natais de qualidade, à detecção precoce dessas condições e ao atendimento contínuo durante toda a gestação. Bebês que nascem prematuros ou com complicações graves precisam de cuidados intensivos 24 horas por dia — o que exige investimentos em infraestrutura hospitalar, como unidades neonatais especializadas, além de suporte familiar e redes eficientes de encaminhamento.

O papel fundamental das parteiras

A organização também destaca modelos de cuidado centrados em parteiras qualificadas, que acompanham as gestantes de forma integral antes, durante e após o parto. Estudos mostram que esse tipo de assistência melhora as taxas de sobrevivência tanto das mães quanto dos bebês, reduzindo partos prematuros e evitando intervenções médicas desnecessárias.

Desafios para atingir as metas globais

Apesar dos avanços, a maioria dos países ainda está longe de alcançar as metas estabelecidas para a redução da mortalidade materna e neonatal até 2030. De acordo com a OMS, quatro em cada cinco nações não estão no caminho certo para melhorar a sobrevivência das mães, e um terço corre o risco de não cumprir os objetivos relacionados à saúde dos recém-nascidos.

A agência reforça que todas as mulheres têm direito a um atendimento digno e de qualidade, que considere tanto as necessidades físicas quanto o suporte emocional durante todo o ciclo da maternidade.

Por fim, a OMS reforça que os sistemas de saúde precisam ser fortalecidos para lidar não apenas com complicações obstétricas imediatas, mas também com questões de saúde mental, doenças crônicas e acesso ao planejamento familiar — fatores igualmente essenciais para garantir a saúde plena de mães e bebês ao redor do mundo.

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