Pastor acusa ministros de abusar do poder e alerta para os efeitos dos remédios que alteram o estado mental do ex‑presidente do Brasil.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O pastor Silas Malafaia, manifestou nesta quarta‑feira (23) forte reprovação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de intimar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que continua internado na UTI do Hospital DF Star, em relação ao processo por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. De acordo com Malafaia, Bolsonaro “não está em condições” de prestar depoimento ao ministro Alexandre de Moraes em função dos remédios que influenciam seu estado mental.
“Ele [Bolsonaro] está tomando remédios, eu estava falando com o médico, que mexem no equilíbrio mental e emocional, ele pode ter variações. Como é que um cara desse vai ouvir um advogado e dizer: ‘Corta isso’, ‘Não’, ‘Isso aqui eu não quero’? Como? Se o cara está tomando remédios de alto grau que mexem até com a estabilidade?”, declarou o pastor.
Malafaia esteve por volta das 15h na unidade de tratamento intensivo, cumprindo a vontade do ex‑presidente de ter uma companhia amiga durante a recuperação. A uma equipe de jornalistas, ressaltou ter ido ao hospital “a pedido de Bolsonaro” para distraí‑lo e transmitir força neste momento difícil.
Oficial de Justiça e a Intimação
Mais cedo, por volta do meio‑dia, uma oficial de Justiça compareceu à UTI para entregar a intimação referente à abertura da ação penal, iniciada em 11 de abril após decisão da 1ª Turma do STF que tornou Bolsonaro e outras sete pessoas réus. Para Malafaia, a atitude da Corte beira o “injustificável”.
Críticas ao STF e a Alexandre de Moraes
O pastor não poupou críticas ao relator do caso. “Esse Moraes é um desgraçado que persegue seus adversários políticos”, afirmou, condenando o que considera “abuso de autoridade” contra um paciente em recuperação.
Estado de Saúde de Bolsonaro
Internado desde 11 de abril, data em que passou por laparotomia exploradora para desobstrução intestinal e reconstrução da parede abdominal, Bolsonaro segue sem previsão de alta. Conforme boletim médico, há sinais de retomada das funções intestinais, mas o ex‑presidente permanece em nutrição parenteral exclusiva e realiza fisioterapia motora e respiratória. A cirurgia marcou a sétima intervenção desde o atentado a faca sofrido em 2018.
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