
Presidente dos EUA e primeiro-ministro israelense voltam a se alinhar em telefonema marcado para esta segunda-feira; foco será retomada dos reféns e contenção de ameaças regionais.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, têm uma nova conversa agendada para esta segunda-feira, 21, em meio a impasses nas negociações com o Hamas e crescentes tensões envolvendo o Irã. O diálogo marca mais um capítulo na retomada da forte aliança entre os dois líderes, que compartilham uma visão dura e estratégica sobre segurança regional.
Netanyahu reforçou no domingo 20 que não aceitará as exigências do grupo extremista palestino em troca da libertação de reféns.
“Render-se seria pôr em risco a segurança do Estado – e a de vocês”, afirmou em discurso à população israelense, num claro recado aos que pedem a interrupção da ofensiva militar.
O Hamas, segundo Netanyahu, continua a impor condições inaceitáveis para liberar os 59 reféns ainda mantidos em Gaza.
“O Hamas exige o fim da guerra e a manutenção de seu domínio em Gaza. Exige também a retirada total de Israel da Faixa e a reconstrução do território com financiamento que lhe permita se rearmar e atacar novamente.”
Para o líder israelense, essas propostas representam uma ameaça direta à sobrevivência de Israel.
“Neste fim de semana, o Hamas rejeitou novamente uma proposta que poderia levar à libertação da metade dos reféns vivos ainda em Gaza e à devolução de muitos corpos”, lamentou.
A aliança com Trump surge como peça-chave nesse momento. Ao longo de seu atual mandato, o presidente norte-americano tem reafirmado publicamente seu apoio ao direito de Israel se defender, além de reforçar a postura inflexível contra o programa nuclear iraniano — outro ponto central da agenda de Netanyahu.
“Quero também falar sobre o Irã: estou comprometido a impedir que o Irã obtenha armas nucleares. Não abro mão disso, não enfraqueço nisso, e não recuo – nem um milímetro.”
Netanyahu também respondeu às críticas que vêm ganhando força dentro de Israel.
“Desde o início da guerra ouvimos pedidos para encerrá-la – e para encerrá-la com rendição”, declarou, classificando seus opositores como “hipócritas”.
Ele ainda citou os avanços alcançados sob sua liderança militar e política:
“Se eu tivesse cedido a esses clamores, não teríamos entrado em Rafah, não teríamos tomado o Corredor Filadélfia, não teríamos realizado a Operação dos Bipes, não teríamos eliminado Sinwar, Deif, Haniyeh e também Nasrallah, não teríamos criado as condições para a queda do regime de Assad [na Síria] e o duro golpe ao eixo do Irã, e não teríamos mudado o cenário do Oriente Médio.”
A expectativa é que, com o apoio direto de Trump, Israel fortaleça ainda mais sua posição nas negociações e mantenha sua ofensiva até que objetivos estratégicos e humanitários — como o resgate dos reféns — sejam plenamente alcançados.
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