
Deputada pede que TCU e PGR investiguem possível favorecimento à Voare Táxi Aéreo, ligada a político de Roraima e alvo de operação da PF
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A deputada federal Carla Zambelli protocolou uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra um contrato firmado entre o Ministério da Saúde e a empresa Voare Táxi Aéreo, no valor de R$ 15,8 milhões. O objeto do acordo é o transporte aéreo na região Yanomami por meio do SUS, mas Zambelli aponta fortes indícios de irregularidades.
A empresa pertence a Renildo Evangelista Lima, que foi preso em setembro de 2024 com R$ 500 mil escondidos na cueca durante uma operação da Polícia Federal relacionada à compra de votos. Ele é casado com a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), que figura como sócia da Voare com 10% de participação.
Segundo Zambelli, desde 2023, a Voare firmou 17 contratos com o governo federal, todos com o Ministério da Saúde, somando mais de R$ 164 milhões. Ela acusa o governo de possível favorecimento à empresa e omissão quanto à verificação da idoneidade dos envolvidos.
“A repetição da empresa de Renildo em contratos milionários com o governo, mesmo após operação policial e dinheiro na cueca, revela uma prática recorrente da esquerda: o descaso deliberado do dinheiro do público como principal regra do jogo. É alarmante, especialmente considerando o padrão já conhecido nas gestões petistas”, afirmou Zambelli.
A parlamentar solicita que os órgãos competentes realizem auditoria detalhada nos contratos firmados com a Voare, apurem responsabilidades e determinem a restituição dos valores ao erário, caso se comprovem as irregularidades.
A situação coloca mais uma vez em evidência os riscos de contratos públicos milionários com empresas envolvidas em escândalos, especialmente quando há relações diretas com agentes políticos.
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