
Goleiro John demorou 20 segundos para reposicionar a bola, e árbitro não iniciou a contagem dos oito segundos. Caso será julgado no STJD nesta quinta-feira.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou o árbitro Ramon Abatti Abel após ele não ter aplicado a nova regra de reposição de bola no jogo entre Palmeiras e Botafogo, realizado no Allianz Parque, que terminou em empate sem gols.
O árbitro é acusado de falhar ao não abrir a contagem dos oito segundos para reposição da bola, o que resultou em uma demora de 20 segundos por parte do goleiro John, do Botafogo, para recolocar a bola em jogo.
O julgamento do caso ocorrerá na próxima quinta-feira, 8 de maio, às 10h, na 4ª Comissão Disciplinar do STJD, no Rio de Janeiro. Durante o segundo tempo, aos 48 minutos, o árbitro não iniciou a contagem de tempo de forma imediata, o que permitiu que John permanecesse com a bola nas mãos por mais tempo do que o permitido pela regra. Caso a infração fosse devidamente aplicada, o goleiro teria sido punido com um escanteio para a equipe adversária.
Enquadramento nas regras e possíveis consequências
O árbitro Ramon Abatti Abel foi denunciado com base no Artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), inciso segundo, que trata da não observância das regras do futebol. A punição prevista para essa infração varia de 15 a 120 dias de suspensão.
Além disso, ele também é acusado de não aplicar corretamente a Regra 12 do IFAB (International Football Association Board), que determina que, caso o goleiro demore mais de oito segundos para reposicionar a bola, o árbitro deve conceder um escanteio à equipe adversária.
Essa nova regra, que foi implementada pela Fifa na Copa do Mundo de Clubes, passou a ser utilizada pela CBF de forma antecipada no Campeonato Brasileiro, buscando maior agilidade e fluidez nas partidas. No entanto, a falha de Ramon Abatti Abel em aplicar a contagem correta de tempo gerou uma repercussão significativa, especialmente por ser uma mudança recente nas normas do jogo.
A expectativa pelo julgamento
O caso ganha contornos mais graves, uma vez que a medida de reposição de bola dentro do tempo estipulado tem como objetivo dar mais dinamismo ao jogo, evitando que goleiros usem tempo excessivo em reposições, o que poderia comprometer o ritmo da partida.
A decisão do STJD no julgamento da próxima quinta-feira pode definir a responsabilidade do árbitro e estabelecer as consequências dessa falha na aplicação da regra. O foco agora está no desfecho desse julgamento, que poderá impactar a forma como a nova regra será aplicada no restante da temporada do Campeonato Brasileiro.
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