Asma não é doença sazonal e pode ser grave, alertam especialistas

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No Dia Mundial de Combate à Asma, médicos reforçam que condição crônica atinge todas as idades e exige tratamento contínuo. No Brasil, apenas 12% dos pacientes têm a doença controlada.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Neste Dia Mundial de Combate à Asma, celebrado em 6 de maio, especialistas alertam para os riscos da desinformação sobre uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns no mundo. Embora muitas pessoas acreditem que a asma seja uma condição sazonal ou restrita à infância, a realidade é que ela pode afetar adultos e idosos, durante o ano inteiro, e representa um risco à saúde se não for devidamente controlada.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 23,2% da população brasileira convive com a asma, mas apenas 12,3% dos pacientes têm a doença sob controle. A baixa adesão ao tratamento contínuo e o uso incorreto de medicamentos contribuem para esse cenário. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que a asma é responsável por milhares de atendimentos de urgência e internações hospitalares todos os anos.

Uma doença crônica, não passageira

A asma é caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas, que provoca sintomas como tosse persistente, chiado no peito, falta de ar e aperto no tórax. Esses sinais podem ser desencadeados por fatores diversos, como poeira, ácaros, mudanças climáticas, poluição, esforço físico intenso e até estresse emocional.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 262 milhões de pessoas no mundo vivem com asma e, embora seja uma condição tratável, ela ainda causa mais de 400 mil mortes por ano, principalmente em países com acesso limitado a diagnóstico e medicamentos.

Mitos que colocam vidas em risco

Diversos mitos sobre a asma ainda circulam entre a população, o que pode atrasar o diagnóstico ou prejudicar a continuidade do tratamento. Entre os mais comuns estão:

  • A ideia de que asma só afeta crianças, quando na verdade muitos adultos desenvolvem a condição tardiamente;

  • A crença de que a prática de exercícios físicos é proibida, quando o controle da asma permite a atividade com segurança;

  • O temor infundado de que os medicamentos, principalmente os corticoides inalados, causam dependência ou efeitos colaterais graves, quando usados nas doses adequadas.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o tratamento atual da asma é altamente seguro e eficaz. Ele inclui, em geral, o uso de bombinhas com anti-inflamatórios de baixa dosagem, prescritos conforme o grau da doença, e orientações para evitar fatores desencadeantes.

O que fazer para controlar a asma?

A principal recomendação dos profissionais de saúde é que os pacientes não abandonem o tratamento, mesmo em períodos sem sintomas. A asma é imprevisível e pode evoluir rapidamente para crises graves.

Confira as orientações dos especialistas:

  • Realize consultas regulares com pneumologistas ou clínicos gerais;

  • Utilize corretamente os medicamentos prescritos, principalmente os inalatórios de uso contínuo;

  • Identifique e evite fatores que agravem a condição (alérgenos, fumaça, mofo, poluição etc.);

  • Mantenha ambientes bem ventilados e limpos;

  • Pratique atividades físicas conforme a orientação médica, com a asma controlada.

 A importância do Dia Mundial de Combate à Asma

Criado pela Iniciativa Global contra a Asma (GINA), o Dia Mundial tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a doença e estimular políticas públicas que melhorem o acesso ao diagnóstico e tratamento.

No Brasil, o SUS oferece atendimento para pacientes com asma, inclusive com distribuição de medicamentos gratuitos em farmácias populares. A informação correta, aliada à orientação médica, é o melhor caminho para transformar a realidade de quem convive com essa condição.

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