Brasil: Instituto Butantan esclarece 10 fake news sobre a vacina trivalente da gripe

© Tomaz Silva/Agência Brasil
Imunizante é seguro, eficaz e deve ser aplicado todos os anos; desinformação compromete adesão da população à campanha de vacinação de 2025.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

Com a campanha de vacinação contra a gripe em pleno andamento no Brasil, o Instituto Butantan, responsável pela produção da vacina trivalente distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS), decidiu esclarecer uma série de informações falsas que circulam nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Ao todo, a instituição desmentiu dez fake news sobre o imunizante.

O Ministério da Saúde adquiriu cerca de 80 milhões de doses da vacina produzida pelo Butantan para atender os grupos prioritários em 2025. A campanha teve início em 28 de março no estado de São Paulo e foi expandida para as demais regiões em abril. Na região Norte, onde a gripe costuma circular mais intensamente no segundo semestre, a imunização será realizada durante o “inverno amazônico”, com a distribuição de 6 milhões de doses.

A vacina utilizada no Brasil é a Influenza trivalente do Instituto Butantan, aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela contém três cepas do vírus influenza que têm maior probabilidade de circular no país em 2025: A/Victoria (H1N1), A/Croácia (H3N2) e B/Áustria (linhagem Victoria).

Apesar da ampla distribuição e segurança comprovada do imunizante, o Butantan alerta que a desinformação compromete a adesão da população à vacina e pode gerar riscos à saúde pública. Para ajudar a combater essa onda de boatos, a médica Carolina Barbieri, gestora de Desenvolvimento Clínico do instituto, respondeu às principais dúvidas da população. Confira a seguir:

As 10 fake news mais comuns sobre a vacina da gripe — e por que são falsas

  1. “A vacina não protege contra o vírus H1N1.”
    Falso. A cepa H1N1 está incluída na formulação de 2025. Estudos indicam eficácia superior a 80% na prevenção de hospitalizações e mortes, especialmente entre crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas.

  2. “A vacina pode causar gripe.”
    Falso. A vacina é feita com fragmentos de vírus inativados — ou seja, mortos — e não tem capacidade de provocar a doença. Sintomas leves após a aplicação são normais e se devem à resposta imunológica do corpo, não à gripe.

  3. “A vacina tem Covid-19 na fórmula.”
    Falso. O imunizante contém apenas cepas do vírus influenza. Não há nenhuma vacina aprovada no mundo que combine gripe e Covid-19.

  4. “A vacina causa câncer ou trombose.”
    Falso. Não há qualquer evidência científica que comprove relação entre o imunizante e essas doenças. Pelo contrário: pessoas com câncer, por exemplo, se beneficiam da vacina, pois ela ajuda a prevenir complicações respiratórias.

  5. “Gestantes podem abortar após tomar a vacina.”
    Falso. A vacina é segura e indicada para gestantes. A imunização durante a gravidez protege não só a mãe, mas também o bebê, já que os anticorpos são transmitidos ao feto.

  6. “Tomei a vacina no ano passado, não preciso repetir.”
    Falso. A proteção diminui ao longo dos meses e, além disso, os vírus da gripe sofrem mutações constantes. Por isso, a vacina é atualizada todos os anos e deve ser reaplicada anualmente.

  7. “Já tenho mais de 60 anos, tomei muitas vacinas na vida, não preciso mais.”
    Falso. Pessoas idosas fazem parte do grupo mais vulnerável a complicações pela gripe. A vacinação anual continua sendo essencial para esse público, mesmo que a resposta imunológica seja um pouco menor.

  8. “Vacinas fazem mal às crianças.”
    Falso. A vacinação infantil é recomendada pelo Ministério da Saúde e pela OMS. Crianças, especialmente menores de dois anos, têm risco elevado de complicações graves, como pneumonia e insuficiência respiratória, caso contraiam a gripe.

  9. “Não preciso me vacinar, pois como alho e tomo própolis.”
    Falso. Embora hábitos saudáveis ajudem a fortalecer o sistema imunológico, eles não substituem a proteção proporcionada pela vacina.

  10. “Pratico exercícios físicos regularmente, então estou protegido.”
    Falso. A atividade física contribui para uma vida saudável, mas não é suficiente para evitar a infecção pelo vírus influenza. A vacinação continua sendo necessária para todos os grupos indicados.

Imunização é uma responsabilidade coletiva

O Instituto Butantan reforça que a vacinação anual é uma das formas mais eficazes de proteger a população contra os efeitos graves da gripe. Além disso, o imunizante tem um perfil de segurança comprovado, com raros efeitos colaterais, geralmente leves e passageiros.

A campanha de 2025 busca alcançar os grupos prioritários e garantir cobertura adequada antes da chegada do inverno, quando há maior circulação do vírus. A colaboração de todos — inclusive no combate à desinformação — é essencial para o sucesso da campanha.

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