
Operação mira grupo especializado em cargas de combustíveis e bebidas, responsável por mais de 20 crimes e movimentação milionária em bens ilícitos.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (16), uma operação contra uma organização criminosa especializada em roubos de carga e lavagem de dinheiro no interior de São Paulo. A ofensiva policial mobilizou aproximadamente 120 agentes federais para cumprir 19 mandados de prisão temporária e 22 de busca e apreensão em cidades como Campinas, Paulínia, Hortolândia e Limeira.
De acordo com as investigações, a quadrilha tinha como alvos principais cargas de bebidas e combustíveis, itens de alto valor e rápida revenda no mercado clandestino. Além dos assaltos a caminhões, os criminosos são acusados de utilizar adegas e transportadoras fictícias para comercializar os produtos roubados e lavar o dinheiro obtido de forma ilegal.
Roubos violentos e vítimas em cativeiro
Segundo a Polícia Federal, o grupo atuava de forma organizada desde o início de 2023. Os assaltos eram executados por equipes de três criminosos, que rendiam os motoristas em trânsito ou durante paradas em pontos de descanso. As vítimas eram mantidas sob ameaça até a transferência completa das cargas e posterior ocultação dos veículos.
A lista de crimes atribuídos à quadrilha inclui pelo menos 22 roubos praticados entre fevereiro de 2023 e dezembro de 2024, abrangendo cidades como Americana, Campinas, Cosmópolis, Jaguariúna, Mogi Mirim, Monte Mor, Paulínia, Sumaré e Limeira.
Bens sequestrados e prisões em andamento
Durante as ações desta sexta-feira, sete pessoas foram presas e levadas à sede da Polícia Federal em Campinas, no bairro Botafogo. A expectativa é de que o número de detidos aumente nas próximas horas, com as diligências ainda em curso. Além das prisões, a Justiça autorizou o sequestro de R$ 1,7 milhão em bens relacionados ao grupo criminoso.
A operação contou ainda com o apoio de 35 guardas municipais de Paulínia no cumprimento dos mandados expedidos pela 1ª Vara Criminal da cidade.
Acusações e penas previstas
Os investigados poderão responder por crimes de organização criminosa, roubo qualificado, receptação e lavagem de dinheiro. Caso condenados, as penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.
A Polícia Federal reforçou que segue atuando para identificar outros envolvidos e desarticular o esquema de distribuição e venda das mercadorias roubadas, que abasteciam estabelecimentos comerciais da região.
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