A Disney comunicou aos funcionários provenientes da Venezuela que eles serão demitidos em um prazo de 30 dias, caso não encontrem alternativas para autorizações de trabalho.
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Cerca de 45 funcionários venezuelanos foram suspensos pela Disney e colocados em licença não remunerada na semana passada, após a Suprema Corte dos Estados Unidos autorizar a revogação do status temporário migratório.
A medida pode resultar na deportação em massa de quase 350 mil venezuelanos, que estavam vivendo no país com o Status de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês) concedido pelo governo Biden.
De acordo com informações, a Disney comunicou aos funcionários provenientes da Venezuela que eles serão demitidos em um prazo de 30 dias, caso não encontrem alternativas para autorizações de trabalho.
Quem recebe o TPS ganha proteção contra deportação ao país de origem por conta de guerras, desastres naturais ou outras situações excepcionais, tendo o direito de morar e trabalhar legalmente nos Estados Unidos.
Em comunicado, um porta-voz da gigante do entretenimento informou que os funcionários venezuelanos foram colocados em licença com benefícios, em conformidade com a lei. Contudo, durante esse período eles não receberão salário.
“Estamos comprometidos em proteger a saúde, a segurança e o bem-estar de todos os nossos funcionários que podem estar lidando com as políticas de imigração em evolução e como elas podem afetá-los ou a suas famílias”, declarou a empresa, através do porta-voz.
Ainda de acordo com informações, na semana passada, um dia após a Suprema Corte autorizar o governo Trump a revogar o TPS, a Disney entrou em contato com os funcionários por telefone ou e-mail, comunicando que eles estavam entrando em licença não remunerada de 30 dias. “Se você não fornecer uma nova autorização de trabalho válida ao final da licença, seu emprego será encerrado“, avisava o e-mail.
Status de Proteção Temporária para os venezuelanos
O governo Biden concedeu o TPS a centenas de milhares de venezuelanos residentes nos EUA por considerar o governo de Nicolás Maduro autoritário, o que coloca em risco os cidadãos do país sul-americano. Em janeiro deste ano, com a posse de Maduro para um terceiro mandato, em eleição não aceita por Washington e grande parte da comunidade internacional, Biden prorrogou o TPS para os venezuelanos por 18 meses, até 2 de outubro de 2026.
Ao assumir o mandato este ano, Donald Trump decidiu revogar essa extensão do status e no dia 19 de maio recebeu aval da Suprema Corte para prosseguir com a suspensão enquanto um tribunal analisa uma ação movida para várias partes envolvidas. A revogação afeta cerca de 350 mil venezuelanos que residem nos Estados Unidos.
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