Treinador critica sequência intensa de jogos e reconhece que o time não conseguiu executar o plano de jogo diante do América de Cali; resultado complica situação do Timão no torneio.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O empate por 1 a 1 com o América de Cali, na última terça-feira (6), pela 4ª rodada da Copa Sul-Americana, aumentou a pressão sobre o Corinthians.
Em Itaquera, o técnico Dorival Júnior apontou o calendário apertado e o cansaço físico como principais fatores para a atuação abaixo do esperado do time, que agora se encontra em situação delicada no Grupo F da competição.
“Fizemos uma partida em que poderíamos ter rendido melhor com uma equipe mais descansada. Mas como mudar toda a escalação em um momento decisivo? É um desafio, declarou o treinador, que ainda reforçou a intenção de implementar rodízio no elenco, dentro do possível”.
Apesar de abrir o placar com Memphis Depay em belo chute de fora da área, o Timão sofreu o empate logo no primeiro minuto do segundo tempo, em falha defensiva após cruzamento.
Com cinco pontos somados, a equipe é apenas a terceira colocada do grupo e precisa vencer Racing (URU) e Huracán (ARG) fora de casa para seguir viva na busca por uma vaga no mata-mata.
Dorival foi enfático ao afirmar que o time precisa apresentar mais, mesmo enfrentando uma maratona de jogos que inclui Brasileirão e Copa do Brasil.
“Se quisermos continuar na Sul-Americana, temos a obrigação de buscar os pontos perdidos dentro de casa, agora fora”, pontuou.
Explicações e mudanças táticas
Na coletiva, Dorival detalhou algumas escolhas feitas ao longo do jogo. Segundo ele, a saída de Breno Bidon no segundo tempo visou dar mais consistência ao meio-campo diante da posse de bola adversária. Além disso, ressaltou que a equipe, mesmo desgastada, melhorou na etapa final ao conseguir ocupar melhor os espaços e controlar a partida.
“Bidon é meia, não volante. Precisávamos preencher melhor o meio para igualar a troca de passes. Com Coronado, conseguimos equilibrar mais”, explicou.
Sobre a preparação física, o treinador não escondeu a frustração. Ele destacou que a curta recuperação entre as partidas tem afetado diretamente o rendimento de alguns atletas, como Martínez, que saiu lesionado.
“Dois dias e meio entre os jogos é muito pouco. Não dá para manter a mesma intensidade“, disse.
Elenco sob observação
Dorival também comentou sobre alguns nomes do elenco. Disse que ainda aguarda a transição de Rodrigo Garro, lesionado, e que segue observando o equatoriano Palacios, lateral pouco utilizado até agora. Sobre Yuri Alberto e Romero, elogiou o histórico e garantiu que ambos seguem nos planos.
“O Romero é muito importante para o grupo. Já o Yuri é um jogador que conheço desde a base, confio muito nele”, afirmou.
Próximo desafio
Após o tropeço na Sul-Americana, o Corinthians volta a campo no próximo sábado (10), às 18h30, contra o Mirassol, fora de casa, pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro. O foco agora é recuperar o time física e emocionalmente para seguir competitivo nas três frentes que disputa.
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