
Governador sugeriu, durante entrevista coletiva, o congelamento de novas admissões ao programa Medi-Cal para imigrantes sem documentos e pagamento de taxa mensal de US$ 100 para quem continuar inscrito.
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
A eliminação da cobertura médica gratuita para imigrantes sem documentos foi proposta nesta quarta-feira (14) pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom, com objetivo de equilibrar o déficit orçamentário do estado.
Embora seja defensor do acesso universal à saúde, o governador democrata alega que apresentou a proposta como uma medida econômica e não como uma mudança em sua visão política, levando em consideração um rombo de US$ 12 bilhões na economia da Califórnia.
Newsom sugeriu, durante entrevista coletiva, embargar novas admissões ao programa conhecido como Medi-Cal, a versão californiana do Medicaid, para pessoas sem status migratório regular, a partir de 1° de janeiro do próximo ano. Aqueles que continuarem inscritos deverão pagar uma taxa mensal de US$ 100, no intuito de amenizar as despesas do poder público.
O governador, figura de destaque no Partido Democrata, que tenta se reposicionar após a derrota na eleição presidencial de 2024 para Trump, afirmou que buscar equilibrar as contas da Califórnia. “Este é um orçamento difícil. Nossa abordagem não foi expulsar pessoas ou reverter avanços, mas sim equilibrar o que podemos fazer com o que não podemos”, declarou.
Economia
De acordo com estimativas, a proposta, que ainda precisa ser analisada pelo legislativo estadual da Califórnia, pode gerar uma economia de cerca de US$ 5,4 bilhões aos cofres públicos do estado nos próximos anos.
Republicanos reagem
Republicanos reagiram rapidamente à proposta de Newsom no Senado estadual, dizendo que ele foi conivente com a entrada de imigrantes ilegais no país. “Sejamos claros: os democratas priorizam imigrantes ilegais em detrimento dos cidadãos. Essa crise é fruto das concessões irresponsáveis aos imigrantes ilegais, e ele [Newsom] é o responsável”, escreveu o senador Brian Jones.
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