As medidas impedem que imigrantes sem o status de refugiado pleno levem parentes para o país e estende o prazo de residência para a solicitação da cidadania.
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Avançando com uma grande mudança na política de imigração, sob o comando do chanceler conservador Friedrich Merz, o governo da Alemanha aprovou nesta quarta-feira (28) medidas para restringir a reunião familiar de migrantes e adiar o acesso à cidadania.
Será suspenso por dois anos o direito dos imigrantes que não se qualificam para o status de refugiado pleno, detentores de “proteção subsidiária”, de levar cônjuges e filhos para o país. Aproximadamente 380 mil pessoas têm esse status na Alemanha atualmente, sobretudo os sírios.
A proteção subsidiária permitia anteriormente que os detentores levassem até 12 mil membros da família anualmente para a Alemanha. Com a mudança, o governo impede que mais pessoas entrem no país sem a qualificação para o status de refugiado pleno.
O projeto destaca que essa suspensão temporária visa “aliviar a pressão sobre os sistemas de recepção e integração da Alemanha”, fornecendo um “meio adequado para aliviar rapidamente a carga sobre os municípios“.
Outra medida adotada pelo governo foi a supressão da operação de naturalização acelerada após três anos de residência no país. O governo estendeu para cinco anos o prazo mínimo de espera para a obtenção da cidadania.
A Alemanha registrou no ano passado cerca de 200 mil acessos à cidadania, o maior número em 25 anos. Geralmente o governo leva em consideração requisitos como sólidos conhecimentos do idioma alemão, emprego estável e independência financeira.
Agora a coalização governamental de conservadores e social-democratas levará as propostas legislativas rapidamente ao Parlamento, sem a necessidade de encaminhamento à câmara alta do Parlamento – corpo legislativo que representa os 16 estados federados da Alemanha.
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