
Eleitores vão às urnas com um forte sentimento anti-imigração gerado pelo aumento de entrada de estrangeiros no país nos últimos anos, principalmente da Ásia.
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Portugal realiza neste domingo (18) sua terceira eleição geral em pouco mais de três anos. O tema principal do pleito é a imigração, considerando que os estrangeiros já representam cerca de 14% da população total do país, o que tem gerado um forte sentimento anti-imigração no território português. Atualmente cerca de 1,5 milhão de pessoas de outras nacionalidades residem no país e muitos estão sofrendo ataques, a exemplo de brasileiros.
O aumento da imigração aconteceu principalmente sob governos socialistas, entre 2015 e 2023, quando Portugal teve um dos regimes migratórios mais abertos da Europa. O aumento da chegada de estrangeiros, especialmente da Ásia, mais recentemente, provocou uma aversão dos portugueses aos imigrantes e impulsionou a ascensão do partido de ultradireita Chega nas eleições de 2024.
Atento a isso, no intuito de estagnar o crescimento da ultradireita, o primeiro-ministro Luis Montenegro reforçou as regras de imigração, mas o país continua relativamente acolhedor, principalmente para migrantes do Brasil e de países africanos de língua portuguesa.
Com o forte sentimento de anti-imigração, as pessoas de outras nações que decidem morar em Portugal enfrentam empregos precários e salários mais baixos, entretanto, economistas dizem que elas contribuem significativamente para a seguridade social e o crescimento econômico.
Eleições antecipadas
O presidente Marcelo Rabelo resolveu dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas após o primeiro-ministro, Luís Montenegro, não conseguir conquistar a confiança dos parlamentares em março, em uma votação que ele mesmo propôs. Isso aconteceu depois que a oposição questionou a integridade do primeiro-ministro em relação às negociações com a empresa de consultoria em proteção de dados de sua família.
Líder do partido de centro-direita Aliança Democrática (AD), Montenegro negou qualquer irregularidade no caso. As pesquisas de opinião mostram que sua reputação continua praticamente inabalada, com o público considerando o fato como uma questão ética, sem implicações criminais.
Pesquisas
O AD lidera as pesquisas em Portugal com pouco mais de 30%, percentual que ainda não é suficiente para atingir a maioria absoluta de 116 cadeiras no parlamento. Os Socialistas estão com 27%, seguidos pelo partido anti-imigração Chega, que tem 17%.
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