Javier Milei endurece regras de imigração na Argentina

Novas regras devem constar em um decreto que passará a vigorar quando for publicado no Diário Oficial do país.

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

A presidência da Argentina, sob o comando de Javier Milei, publicou um comunicado nessa quarta-feira (14), restringindo a entrada e permanência de imigrantes no país. As normas devem ser transformadas em decreto em breve. Assim que for publicado no Diário Oficial, o que ainda não tem data definida para acontecer, o decreto passará a vigorar no país.

As regras incluem a cobrança a estrangeiros pelos serviços de saúde, permissão para que as universidades cobrem mensalidade de quem não é argentino, medidas mais rígidas para entrada, maior rigor para obtenção de residência permanente e cidadania, deportação de qualquer estrangeiro condenado por crime e expulsões mais rápidas.

As medidas foram anunciadas inicialmente na tradicional coletiva de imprensa do porta-voz da presidência, Manuel Adorni, e publicadas posteriormente nos perfis oficiais do governo nas redes sociais. Elas podem afetar muitos brasileiros que residem no país vizinho.

Ao justificar o decreto, o porta-voz disse que 1,7 milhão de imigrantes entraram ilegalmente na Argentina nos últimos 20 anos. “Equivalente à população de La Matanza (cidade da Grande Buenos Aires) ou da província de Tucumán”, destacou. “Graças às mudanças do Presidente, a Argentina voltará a ser a terra prometida. Como fizemos em nossos primórdios, queremos acolher aqueles que vêm para construir um país livre e próspero”, prosseguiu.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, mais de 90 mil brasileiros moram na Argentina atualmente. Outros vão ao país para estudar medicina em suas universidades públicas, sendo a mais notória a Universidade de Buenos Aires (UBA). O número de universitários brasileiros na nação argentina gira em torno de 21 mil. Milei já chegou a declarar que os estrangeiros representam um “fardo” ao sistema público de ensino do país.

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