A juíza federal do estado de Wisconsin é acusada de obstruir a prisão de um imigrante ilegal mexicano, tentando ajudá-lo a fugir de agentes da imigração.
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Detida em abril sob a acusação de obstruir a prisão de um imigrante mexicano ilegal, a juíza federal Hannah Dugan se declarou inocente nesta quinta-feira (15) das acusações lhe são atribuídas. Os advogados da magistrada apresentaram na quarta-feira uma moção para rejeitar as imputações, ressaltando que ela goza de “imunidade judicial durante atos oficiais”.
Documentos judiciais relatam que a juíza ajudou o imigrante Eduardo Flores-Ruiz, de 30 anos, a escapar da sala do tribunal pela porta reservada aos membros do júri para fugir de agentes da imigração que queriam detê-lo. Ele comparecia ao local para responder por um delito. Flores-Ruiz conseguiu sair do prédio, mas acabou preso.
Dugan, que é juíza do estado de Wisconsin, foi acusada na última terça-feira de “obstruir ou impedir um procedimento de um serviço ou agência dos Estados Unidos” e de “ocultar um indivíduo para impedir sua prisão”. Ela pode ser condenada a uma pena de até seis anos. A data do julgamento está agendada para 21 de julho.
No momento da detenção de Dugan, a secretária de Justiça, Pam Bondi, disse que quem ajudar imigrantes ilegais, seja quem for, será processado. “Se você abriga um fugitivo, não nos importa quem você é; se ajuda a esconder alguém (…) qualquer pessoa que esteja ilegalmente neste país, vamos caçá-lo e processá-lo”, alertou.
Trump vem tentando, desde que voltou ao poder em janeiro, aumentar ao máximo as prerrogativas do Poder Executivo frente aos contrapesos do Judiciário e do Congresso, sobretudo em sua ofensiva contra a imigração ilegal. Os tribunais têm rejeitado muitos dos decretos e outras medidas do presidente, principalmente se opondo à política de deportações em massa.
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