Investigação revela mensagens suspeitas, buscas por estrangulamento e tentativa de impedir o divórcio. Corpo da vítima nunca foi encontrado.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Allen Gould foi formalmente acusado de homicídio em primeiro grau quase uma década após o desaparecimento de sua esposa, Anna Maciejewska, ocorrido em abril de 2017, nos Estados Unidos. A acusação foi apresentada na terça-feira (14), após novas evidências colocarem o marido como principal suspeito no caso, que permanece cercado de mistério.
Anna, uma polonesa de 43 anos e mãe de um menino de dois anos, foi dada como desaparecida em 11 de abril de 2017, por um colega de trabalho e um amigo. Gould, no entanto, só notificou a polícia no dia seguinte, alegando tê-la visto pela última vez na manhã anterior. A investigação, porém, revelou que Anna estava incomunicável desde 28 de março — cerca de duas semanas antes do desaparecimento ser oficialmente registrado.
Um dos pontos centrais da investigação foi uma mensagem enviada ao pai de Anna em 30 de março, supostamente por ela. O texto apresentava erros gramaticais incomuns para uma falante nativa de polonês. Peritos identificaram que a mensagem havia sido traduzida por meio do Google Tradutor, e uma cópia impressa foi encontrada na casa de Gould. Esse detalhe foi considerado crucial pela promotoria para reforçar a suspeita contra ele.
Além disso, a polícia descobriu que Gould havia feito pesquisas na internet sobre técnicas de estrangulamento. Após comunicar o desaparecimento da esposa, ele deixou de colaborar com as investigações. Testemunhas também relataram que Anna planejava pedir o divórcio, o que era fortemente rejeitado por Gould.
O carro de Anna foi encontrado em maio de 2017, abandonado em um estacionamento a cerca de três quilômetros da residência do casal. Seu corpo, no entanto, nunca foi localizado.
Mesmo sem o corpo da vítima, os promotores afirmam ter reunido provas suficientes para sustentar a acusação de homicídio. Allen Gould está preso sem direito a fiança e deverá comparecer à audiência preliminar marcada para o próximo dia 27 de maio.
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