Máscaras voltam a ser recomendadas para conter avanço da gripe e outras doenças respiratórias

Com aumento expressivo de internações por SRAG no país, especialistas alertam para importância da proteção individual como forma de cuidado coletivo.

Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

Com o aumento significativo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, o uso de máscaras volta a ser apontado por especialistas como uma medida eficaz na prevenção de doenças respiratórias, como a gripe, o vírus sincicial respiratório (VSR) e a própria covid-19.

Segundo pesquisadores da Fiocruz, a adoção da máscara em situações de sintomas gripais ou em locais com alta circulação de vírus deve ser incorporada ao comportamento cotidiano da população. A prática, amplamente disseminada durante a pandemia de covid-19, mostrou-se eficiente também contra outros vírus respiratórios transmitidos pelo ar.

O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado recentemente, registrou um crescimento de 164% nas internações por SRAG no Brasil. O número chama atenção para a necessidade urgente de fortalecer medidas preventivas. Entre os principais agentes causadores das internações estão o VSR, a influenza e o rinovírus — vírus que afetam principalmente crianças pequenas e idosos.

Além da vacinação, recomendada para os grupos prioritários pelo Ministério da Saúde, o uso da máscara é apontado como uma estratégia acessível e eficaz para reduzir o contágio. A recomendação é especialmente válida em ambientes fechados, em transporte público, ou quando a pessoa apresenta qualquer sintoma respiratório, como tosse, espirros ou coriza.

Adotar o uso de máscara em momentos de maior circulação viral é também um gesto de responsabilidade social, ao evitar que o vírus se espalhe e atinja pessoas mais vulneráveis, como crianças, gestantes e idosos.

No Brasil, o SUS oferece atendimento para pacientes com doenças respiratórias, inclusive com distribuição gratuita de vacinas e medicamentos em farmácias populares. A informação correta, aliada à orientação médica, é o melhor caminho para transformar a realidade de quem convive com essas condições.