Morte misteriosa de pássaros intriga moradores e levanta alerta sobre segurança elétrica na Califórnia

Moradores relatam mortes violentas de aves e suspeitam que falhas na rede elétrica estejam por trás do fenômeno; especialistas alertam perigos.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

Um fenômeno inquietante tem preocupado os moradores de Richmond, na Califórnia: pássaros estão morrendo de forma repentina, violenta e, em muitos casos, acompanhados por um estalo alto — semelhante ao disparo de uma arma de pressão ou ao barulho de fogos de artifício. As mortes, que já somam pelo menos 13, ocorrem em pleno voo e vêm sendo registradas por câmeras de segurança, que mostram as aves despencando do céu logo após o som misterioso.

“É muito traumático e muito violento”, relatou um morador. A frequência dos ruídos e das mortes afastou a hipótese de coincidência e acendeu um alerta na comunidade.

Entre os que buscam explicações está Maximilian Bolling, residente da área, que acredita que os pássaros estejam sendo eletrocutados por linhas de energia expostas ou mal isoladas. Segundo ele, a concessionária Pacific Gas and Electric Company (PG&E) já foi notificada, mas nenhuma providência concreta foi adotada até o momento. “Os trabalhadores olharam para cima e disseram que estava tudo bem”, afirmou Bolling.

A PG&E confirmou que está ciente dos relatos e abriu uma investigação para apurar se há relação entre sua infraestrutura elétrica e as mortes das aves. Enquanto aguardam respostas, os moradores se mobilizam por conta própria: distribuindo panfletos, incentivando vizinhos a documentar os casos e pressionando por medidas urgentes.

Mais do que o mistério, o temor agora é de que os possíveis problemas na rede elétrica representem riscos maiores com a chegada do verão seco na Califórnia — um período crítico, marcado por incêndios florestais. “Está mais frio e úmido agora, mas se isso acontecer no verão, pode facilmente provocar um incêndio”, alertou Bolling. “Queremos que isso seja resolvido antes que algo pior aconteça.

Por ora, a origem das mortes continua incerta. Mas a comunidade permanece vigilante — e exigindo respostas.

 

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