Presidente do Conselho Europeu afirma que não há problema de imigração brasileira na Europa

O presidente do Conselho Europeu afirmou que a principal fonte de imigração irregular para a Europa não tem nada a ver com o Brasil.

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Não existem fluxos significativos de imigração irregular do Brasil para a Europa, disse nesta quinta-feira (29) o presidente o Conselho Europeu, António Costa. Ele estava participando do Fórum de Investimentos Brasil-EU, em São Paulo, quando fez a declaração em entrevista a jornalistas.

“A principal fonte de origem de imigração irregular não tem nada a ver com o Brasil. São sobretudo pessoas que vêm do Oriente ou que vêm fruto dos conflitos na Síria, na Líbia, no Norte da África, na África subsaariana. Não há um problema de imigração brasileiro”, afirmou Costa.

O advogado e político português destacou a necessidade de regulamentação dos fluxos migratórios e criticou práticas irregulares, que podem facilitar o tráfico humano em sua concepção. Países da Europa têm aumentado as exigências na documentação para a residência de estrangeiros e adotado medidas de deportação devido a essa imigração irregular.

Em Portugal, por exemplo, o governo notificou 18 mil imigrantes ilegais a deixarem o país, dando prazo de 20 dias para a saída voluntária. Quem permanecer, pode ser submetido a um processo de expulsão. Na Itália, o governo promulgou no dia 23 de maio uma lei que limita o acesso à cidadania.

Relações com o Brasil e EUA

Na ocasião, Costa também ressaltou a importância do momento atual para o fortalecimento das relações entre o Brasil e o bloco europeu, em decorrência do cenário de guerras no mundo. Informou ainda que o bloco segue em negociações com os Estados Unidos até 9 de julho, data limite para a suspensão das tarifas impostas pelo governo americano.

Guerra na Ucrânia

A respeito da guerra na Ucrânia, o representante europeu voltou a falar sobre um pedido dos países da Europa para que o Brasil ajude e a mediar o fim do embate. “Aquilo que nós temos pedido a países como o Brasil é que se empenhem em transmitir uma mensagem muito clara ao presidente [da Rússia, Vladimir] Putin: Chegou a hora da paz. Chegou a hora de respeitar o direito internacional”, falou.

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