Secretário de Estado dos EUA rebate senador democrata que defendeu deportado acusado de tráfico humano

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, protagonizou um debate acalorado com senador democrata Chris Van Hollen sobre a deportação do salvadorenho Kilmar Abrego Garcia.

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

No decorrer de uma audiência no Comitê de Relações Exteriores dos Estados Unidos, nessa terça-feira (20), o Secretário de Estado, Marco Rubio, protagonizou um debate acalorado com o senador democrata Chris Van Hollen, que defendeu um imigrante deportado acusado de crimes no país.

O embate teve como pano de fundo a deportação de Kilmar Abrego Garcia, de El Salvador, que foi expulso dos Estados Unidos sob acusação de envolvimento com tráfico humano, gangues consideradas terroristas pelo governo e violência doméstica.

Van Hollen afirmou que se arrepende de ter votado a favor da indicação de Rubio ao cargo, comparando-o ao senador Joseph McCarthy e acusando o Departamento de Estado de promover “uma campanha de medo e repressão”.

O secretário rebateu, argumentando que o governo “deportou membros de gangues, inclusive aquele com quem você tomou um drink”, se referindo a ida de Van Hollen a El Salvador, onde teria visitado Abrego Garcia. “Esse homem é um traficante de pessoas, é um criminoso, e as provas vão aparecer nos próximos dias”, acrescentou.

A afirmação de Rubio foi contestada pelo senador, dizendo que ele deveria apresentar tais alegações sob juramento em um tribunal federal.

Prerrogativa legítima

Rubio reafirmou que não é da competência do Departamento de Estado realizar deportações, mas é uma prerrogativa legítima a revogação de vistos. “Visto não é um direito. É um privilégio”, destacou, avisando que a administração continuará a revogar vistos de estrangeiros envolvidos em protestos nos campi universitários do país.

“Se a pessoa vem ao país para liderar invasões em bibliotecas, incendiar prédios ou cometer atos de violência, não receberá visto”, advertiu o secretário, ressaltando que estudantes de outros países são bem-vindos apenas quando respeitam a ordem pública.

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