Trump impõe tarifa de 100% sobre filmes estrangeiros para proteger indústria cinematográfica dos EUA

Presidente considera produções internacionais uma ameaça à segurança nacional e busca revitalizar o cinema americano.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

O presidente Donald Trump anunciou no último domingo (4) a imposição de uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos fora dos Estados Unidos. A iniciativa, segundo ele, visa proteger a indústria cinematográfica nacional, que vem sofrendo uma queda acentuada na última década e enfrenta forte concorrência externa impulsionada por incentivos fiscais estrangeiros.

“Este é um esforço conjunto de outras nações e, portanto, uma ameaça à segurança nacional”, escreveu Trump em sua rede social Truth. “É, além de tudo, mensagem e propaganda! QUEREMOS FILMES FEITOS NOS EUA, NOVAMENTE!”

A determinação, segundo o presidente, deve ser colocada em prática de forma imediata pelo Departamento de Comércio e pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR). O secretário do Comércio, Howard Lutnick, reforçou o compromisso com a iniciativa em publicação no X: “Estamos trabalhando nisso”.

Apesar de ainda não haver detalhes sobre como a tarifa será aplicada — se diretamente às distribuidoras estrangeiras ou a estúdios norte-americanos que filmam fora do país — o impacto já começa a repercutir globalmente.

De acordo com a organização FilmLA, a produção de cinema e TV em Los Angeles caiu cerca de 40% nos últimos dez anos, enquanto países como Austrália, Nova Zelândia e outros passaram a oferecer benefícios fiscais agressivos para atrair filmagens internacionais.

O presidente Trump, que já demonstrou não hesitar em enfrentar pressões internacionais em defesa da economia americana, reafirma sua postura de colocar os Estados Unidos em primeiro lugar. Seu histórico de medidas protecionistas, como a guerra comercial com a China, consolidou sua imagem como um líder que não se curva diante de interesses estrangeiros — e, mais uma vez, ele mostra disposição de aplicar a mesma estratégia em defesa da cultura nacional.

A reação do cenário internacional foi imediata. Políticos australianos e neozelandeses já sinalizaram preocupação. “Teremos que ver os detalhes do que realmente vai surgir. Mas, obviamente, seremos um grande defensor, um grande campeão desse setor”, declarou o primeiro-ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon.

Apesar disso, muitos americanos aplaudem a decisão. Para eles, a medida representa um ponto de virada para a indústria cinematográfica do país, que durante décadas liderou o entretenimento global, mas viu essa hegemonia ameaçada por uma avalanche de produções estrangeiras financiadas por subsídios estatais.

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