Região guarda uma história rica e marcada por tragédias naturais; agora, descoberta ao acaso pode ajudar a desvendar o passado do local.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O que parecia ser apenas um passeio tranquilo pela Ilha Edisto, na Carolina do Sul, acabou se transformando em uma cena digna de investigação criminal. Turistas que exploravam a região encontraram restos mortais humanos enterrados sob a areia. Inicialmente, pensaram tratar-se de fósseis — mas logo perceberam que a descoberta era bem mais sombria.
De acordo com o Gabinete do Xerife do Condado de Colleton, os ossos — incluindo um crânio e fragmentos esparsos — foram localizados na sexta-feira, 24, justamente onde, no século 19, existia o antigo vilarejo litorâneo de Edingsville Beach.
“Os indícios iniciais sugerem que os restos podem ter vindo de um cemitério esquecido há décadas”, afirmaram as autoridades em comunicado à imprensa local.
Todo o material foi recolhido para análise forense e está agora sob os cuidados de um antropólogo especializado, responsável por tentar identificar a origem e a época dos ossos. “Ainda é cedo para determinar com precisão a datação ou a identidade dessas ossadas”, explicou o legista Rich Harvey à revista Newsweek.
Vestígios de um passado enterrado
Apesar do impacto entre os visitantes, não é a primeira vez que ossos humanos emergem das areias da Ilha Edisto. Em 2015, episódios semelhantes foram registrados, incluindo a descoberta de um crânio com dentes preservados por um ex-guarda florestal. Na ocasião, exames apontaram que parte dos restos datava de entre 1865 e 1870 — incluindo até mesmo um esqueleto de vaca entre os achados.
O local, hoje isolado, guarda uma história repleta de memórias e tragédias. Edingsville Beach foi fundada em 1825 como um sofisticado refúgio de verão da elite de Charleston, com cerca de 60 construções, entre casas, igrejas, escola e até um salão de bilhar à beira-mar.
Mas o tempo foi implacável. A erosão da costa, os danos causados pela Guerra Civil e dois furacões devastadores — em 1885 e 1893 — apagaram quase todos os traços físicos do vilarejo. Hoje, só restam as lembranças escondidas sob a areia.
Cada osso encontrado, cada fragmento do passado, traz à tona uma nova história — ou talvez uma lembrança esquecida daqueles que um dia viveram (e morreram) ali.
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