Viagem de Janja à Rússia acende alerta na Justiça e levanta questionamentos sobre verba pública

Primeira-dama é acionada judicialmente por supostos gastos indevidos e ausência de respaldo oficial em deslocamento internacional.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

A primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, passou a ser questionada judicialmente após sua recente viagem à Rússia. O caso foi levado à Justiça Federal do Distrito Federal por meio de uma ação popular que levanta suspeitas sobre a legalidade do deslocamento e os custos financiados pela União.

O processo foi movido pelo vereador Guilherme Kister (Novo-PR) e pelo advogado Jeffrey Chiquini. Ambos sustentam que não há respaldo normativo para a viagem da esposa do presidente, tampouco explicações públicas que justifiquem gastos realizados com recursos do contribuinte.

No pedido apresentado, o parlamentar solicita que “a suspensão imediata de qualquer pagamento, reembolso, diária, passagem ou autorização de despesa custeada pela União em decorrência da viagem” seja determinada pela Justiça.

A ação também cobra que o governo federal apresente, em até 15 dias, todos os documentos administrativos que envolvam as viagens internacionais da primeira-dama, como ordens de missão, portarias, comprovantes de passagens, registros de diárias e pareceres jurídicos ou técnicos.

Para ampliar a fiscalização sobre os atos e gastos vinculados a essas viagens, Kister requer ainda que o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizem uma auditoria completa sobre os valores envolvidos.

O motivo da controvérsia é a ida de Janja a Moscou no último sábado (3), cinco dias antes da chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sem ocupar cargo oficial ou integrar comitiva formal, ela visitou pontos de interesse turístico como o Kremlin, o Teatro Bolshoi, o Museu Hermitage, a Catedral do Sangue Derramado e a tradicional Fábrica de Porcelana Imperial.

A ausência de agenda institucional ou qualquer justificativa oficial contribuiu para o aumento da pressão pública. “Não se pode admitir que recursos da União sejam utilizados para bancar viagens pessoais, sem propósito de Estado e sem qualquer transparência”, declarou Kister.

Com a ação em trâmite, caberá agora à Justiça avaliar se houve desvio de finalidade e se as despesas custeadas pela União devem ser suspensas ou ressarcidas. A repercussão do caso reacende o debate sobre os limites da atuação da primeira-dama e a exigência de controle rigoroso dos gastos públicos.

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