
Atentado ocorreu no último domingo, 1, durante uma manifestação em apoio à libertação de reféns israelenses na Faixa de Gaza.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O egípcio Mohamed Sabry Soliman, de 45 anos, é apontado pelo FBI como o responsável por um ataque cuidadosamente planejado que deixou 12 pessoas feridas em Boulder, no Colorado (EUA), durante uma manifestação em apoio à libertação de reféns israelenses na Faixa de Gaza. A ofensiva, ocorrida no domingo (1), foi classificada pelas autoridades como um ato de terrorismo doméstico.
De acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (2) pelo FBI, Soliman teria planejado o atentado ao longo de um ano. O ataque aconteceu no shopping de Pearl Street, onde o agressor lançou fogo contra os manifestantes, ferindo gravemente duas pessoas — ambas permanecem hospitalizadas em estado crítico. As identidades das vítimas não foram reveladas.
Motivação ideológica
Testemunhas relataram que Soliman gritava frases como “Palestina livre”, “acabem com os sionistas” e “eles são assassinos”, enquanto carregava garrafas contendo líquido inflamável. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram o momento em que ele manipula os coquetéis molotov e inicia o ataque.
Segundo o relatório da agente do FBI Jessica Krueger, Soliman portava um recipiente com 14 coquetéis molotov. Nas redondezas, os agentes localizaram um Toyota Prius prata em seu nome, com um galão de gasolina, materiais similares aos usados no atentado e papéis contendo as palavras “Israel”, “Palestina” e “USaid”.
Preso em flagrante, Soliman confessou que seu alvo era um “grupo sionista reunido em Boulder”, e disse que havia pesquisado previamente sobre o evento. Durante o interrogatório, chegou a afirmar que desejava atingir “todos os sionistas”.
Entrada irregular nos EUA
Conforme apurado, Soliman entrou nos Estados Unidos pela Califórnia em 2022 com um visto de turista, que expirou em fevereiro de 2023. Desde então, ele permanecia de forma irregular no país.
O diretor do FBI, Kash Patel, confirmou que a investigação segue na linha de terrorismo doméstico com motivação antissemita. Em reação ao ataque, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, classificou o episódio como “um ato terrorista antissemita”.
O advogado Leo Terrell, responsável por casos de antissemitismo no Departamento de Justiça dos EUA, revelou que uma das vítimas é uma sobrevivente do Holocausto. “Ela escapou do pior mal da história e buscou segurança nos EUA. Décadas depois, é novamente vitimada por ódio”, escreveu ele em publicação na rede X (antigo Twitter).
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