Igor Jesus marcou contra o PSG e garantiu a vitória sobre os atuais vencedores da Liga dos Campeões.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Em um duelo digno de roteiro cinematográfico no icônico Rose Bowl, o Botafogo venceu o PSG por 1 a 0 e deu um passo gigante rumo às oitavas de final do Mundial de Clubes. Campeão da Libertadores, o time carioca não apenas bateu o atual vencedor da Champions League, como também quebrou um tabu de quase 13 anos sem vitórias de sul-americanos sobre europeus no torneio. A última havia sido em 2012, quando o Corinthians derrotou o Chelsea.
O herói da noite foi Igor Jesus, que marcou o único gol da partida aos 35 minutos do primeiro tempo, após uma assistência primorosa de Savarino. A defesa alvinegra mostrou valentia e organização até o último minuto, garantindo o triunfo contra os favoritos franceses.
Com o resultado, o Botafogo lidera isoladamente o Grupo B, com seis pontos e saldo de +2. PSG e Atlético de Madri aparecem na sequência, com três pontos cada. O Seattle Sounders segue zerado.
Classificação do Grupo B:
- Botafogo – 6 pontos (saldo +2)
- PSG – 3 pontos (saldo +3)
- Atlético de Madri – 3 pontos (saldo -2)
- Seattle Sounders – 0 pontos (saldo -3)
Na próxima rodada, o Botafogo encara o Atlético de Madri e o PSG enfrenta o Seattle Sounders. Se houver empate triplo em pontos, a vaga será decidida pelo saldo de gols apenas entre os confrontos diretos dos três times, desconsiderando o Seattle.
O jogo em detalhes: estratégia, raça e eficiência
O PSG começou pressionando, como era de se esperar. Logo no primeiro minuto, Kvaratskhelia exigiu uma boa defesa de John. O time francês teve mais de 70% de posse de bola na etapa inicial e assustou em várias investidas, principalmente com o camisa 7 georgiano, que foi uma dor de cabeça constante para a defesa brasileira.
Mas o Botafogo mostrou maturidade. A equipe de Renato Paiva manteve a disciplina tática, esfriou o jogo quando preciso e, em sua melhor chance, foi mortal: Savarino iniciou uma jogada de cinema e deixou Igor Jesus na cara do gol. O atacante finalizou com categoria e sorte — a bola desviou antes de balançar as redes.
No segundo tempo, o PSG voltou pressionando, especialmente nas bolas paradas. Gonçalo Ramos quase empatou aos cinco minutos, mas John, seguro, evitou o pior. Savarino respondeu pelo lado brasileiro, mas parou em Donnarumma.
Tentando mudar o cenário, Luis Enrique fez quatro substituições de uma só vez, mas não conseguiu furar o bloqueio alvinegro. Nos minutos finais, o PSG tentou de tudo. O Botafogo ainda teve chance de ampliar com Artur, que desperdiçou, e precisou segurar a pressão até o último apito.
Noite histórica para o futebol sul-americano
Mais do que uma simples vitória, o resultado reafirma a força do Botafogo e do futebol sul-americano, que não vencia um europeu no Mundial desde 2012. Com postura valente, equilíbrio emocional e um plano de jogo eficiente, o Glorioso mostrou que pode sonhar alto — e, quem sabe, fazer história também nas fases finais do torneio.
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