
Ação cumpre prisões e busca documentos que apontam favorecimento irregular, uso de helicóptero de luxo e repasse de dados sigilosos.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Nesta quarta-feira (25), a Polícia Federal lançou a Operação Augusta, com apoio do Gaeco-SP, Polícia Militar e Corregedoria da Polícia Civil, para desmantelar um esquema de corrupção e vazamento de informações sigilosas envolvendo agentes públicos e intermediários privados. Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão em diversas cidades do estado de São Paulo, incluindo a capital, região metropolitana e Praia Grande.
De acordo com a investigação, os envolvidos atuavam para favorecer pessoas investigadas em troca de pagamento de propina, facilitando o arquivamento irregular de inquéritos policiais, fornecendo informações sigilosas e até apresentando documentos falsificados para restituição de bens apreendidos.
O caso chamou atenção ao envolver a tentativa de restituição de um helicóptero de luxo da marca Augusta, avaliado em cerca de R$ 12 milhões, que havia sido retido pela Justiça. Esse episódio foi o fator que motivou o aprofundamento das investigações.
Durante as buscas, agentes apreenderam diversos aparelhos eletrônicos, principalmente celulares, que passarão por perícia em busca de registros de conversas, transações e repasse de dados comprometedoras. As autoridades informaram que esta fase da investigação visa identificar os responsáveis pelas “contas de passagem” da propina, bem como outros envolvidos nos crimes.
Os investigados devem responder por diversos crimes, incluindo corrupção ativa e passiva, vazamento de informações sigilosas, quebra de sigilo bancário e exercício ilegal de advocacia administrativa. A PF reforçou que as ações prosseguem sob sigilo, com foco em mapear toda a rede criminosa.
A Operação Augusta é um desdobramento da Operação Tacitus, que apurou a participação de policiais civis na facilitar operações da facção PCC. A continuidade desses desdobramentos reforça o objetivo das autoridades em combater a infiltração criminosa em órgãos públicos e garantir transparência nas investigações.
A PF estima que, além do helicóptero, outros bens envolvidos no esquema podem render recuperação milionária ao erário. Novos mandados poderão ser expedidos à medida que surgirem provas durante as próximas fases da investigação.
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