Operação resultou em prisões, apreensão de arsenal bélico e desmantelamento de oficina clandestina de armamentos que abastecia facções criminosas na região Norte.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal do Brasil realizou, nesta sexta-feira (13), uma operação estratégica no município de Guajará-Mirim, em Rondônia, com o objetivo de desarticular uma quadrilha envolvida no tráfico internacional de armas de fogo. A ação, batizada de Operação Magnus Terminus, contou com o cumprimento de mandados judiciais e prisões de suspeitos ligados diretamente à fabricação e distribuição ilegal de armamentos de uso restrito.
Durante a ofensiva, dois indivíduos foram detidos em flagrante pela posse de armas e munições proibidas. Além disso, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, além de três de prisão preventiva, todos expedidos pela Justiça Federal de Rondônia.
As buscas resultaram na apreensão de um vasto material bélico: pistolas, revólveres, espingardas, mais de duzentas munições, componentes para a fabricação de armas, dois veículos e quase R$ 5 mil em dinheiro vivo. Também foi desativada uma oficina clandestina de armas, que segundo as investigações, era utilizada para adaptar e montar armamentos destinados a organizações criminosas.
As apurações indicam que o grupo criminoso mantinha uma rota ilegal de importação de armas provenientes da Bolívia, incluindo fuzis e submetralhadoras de alto poder destrutivo. O arsenal abasteceria facções atuantes em Porto Velho e outras regiões da Amazônia Legal, fortalecendo o crime organizado transnacional.
Essa operação foi desencadeada com base em informações levantadas pela Operação Magnus Pedites, realizada em 2023, que investigava o tráfico de entorpecentes na região. A conexão entre o comércio ilegal de drogas e o tráfico de armas foi confirmada, evidenciando a complexa rede criminosa que opera nas fronteiras do Brasil.
Os suspeitos detidos poderão responder por crimes como tráfico internacional de armas de fogo, associação criminosa, e fabricação e comércio ilegal de armamentos. Eles permanecem sob custódia, aguardando as determinações da Justiça Federal.
A Polícia Federal reforçou que as investigações prosseguem para identificar outros envolvidos na quadrilha, inclusive possíveis fornecedores estrangeiros.
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