Colar raro do Titanic é redescoberto e emociona visitantes em exposição na Flórida

Joia de vidro preto, provavelmente usada por passageiro que morreu no naufrágio, é destaque em exposição na Flórida. 
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

Mais de um século após o naufrágio do RMS Titanic, um delicado colar de vidro preto — perdido nas profundezas do Atlântico junto a mais de 1.500 vidas — volta a ganhar destaque. A joia, considerada uma das mais raras já resgatadas do lendário transatlântico, está em exibição na “Titanic: The Artifact Exhibition”, em Orlando, Flórida.

Com contas em formato de coração e octogonais, entrelaçadas em um padrão minucioso, o colar foi localizado em uma expedição de 2000, a cerca de 4 mil metros de profundidade, em um campo de destroços entre a proa e a popa do navio. Inicialmente preso em uma concreção — massa sólida formada pela fusão de objetos no fundo do mar — o artefato exigiu um trabalho paciente e detalhado para ser restaurado. “Foi conta por conta, até reconstruirmos o colar”, relatou Tomasina Ray, presidente da RMS Titanic Inc.

Embora não se saiba quem era a dona da peça, especialistas acreditam que ela tenha pertencido a uma das vítimas da tragédia ou, possivelmente, a um sobrevivente que a perdeu durante o caos. Feito provavelmente de azeviche francês, um tipo de vidro negro popular no luto vitoriano, o colar carrega um forte simbolismo histórico e emocional.

Desde seu resgate, o colar passou por anos de conservação no laboratório da RMS Titanic Inc., responsável pela recuperação de mais de 5.500 artefatos desde que os destroços do navio foram localizados em 1985.

Agora exposto ao lado de peças emblemáticas — como uma seção de duas toneladas do casco apelidada de “Pequeno Pedaço” — o colar é mais que uma joia: é um elo com histórias humanas que desafiaram o tempo. “Nosso trabalho é honrar essas vidas e compartilhar suas histórias por meio desses objetos”, concluiu Ray.

O Titanic afundou nas primeiras horas de 15 de abril de 1912, após colidir com um iceberg no Atlântico Norte. Mais de um século depois, seus vestígios seguem revelando novas memórias do passado.

 

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